Caro Pedro
Concordo com você...
O fato da AMORC não adotar a Lei de Thelema imagino que não à prive absolutamente das influências do Aeon, apenas a torne menos receptiva para aproveitá-las.
E embora ela seja uma Ordem de preceitos místicos, e não mágicos, tem ensinamentos realmente preciosos para o iniciante, com uma didática simples baseada na experimentação e toda uma aura aparentemente benfazeja.
Se é legítima ou se não é, se tinha o direito de tomar para si determinada nomenclatura ou simbologia, ou não, não me cabe julgar. Até porque "não há nada de novo debaixo do sol", isto é, todo conhecimento veio de algum lugar e não deveria ser propriedade de ninguém... Nem da própria, diga-se (ou alfinete-se) de passagem.
Além do que "não há lei senão faz o que tu queres", portanto... [8-)]
Mas, mantendo o foco em nós mesmos e não em quaisquer istituições, cabe dizer que quando você toma uma determinada postura mental em relação à forma como o mundo à sua volta se comunica com você, é como se pequenas informações cotidianas se transformassem em íntimas verdades.
Por que digo isto?
Porque referente à AMORC podemos dizer o mesmo que diziamos sobre o Islamismo no outro tópico quando falavamos dele (ou qualquer outros sistema) ser mais um dos inúmeros meios de se atingir a Grande Obra.
No final das contas não é tanto uma questão do rumo que se toma, mas da capacidade de percepção e da atitude do viajante que fazem com que as coisas dêem certo ou errado. [;)]
Claro que por uma questão de "influência aeônica" quem está alinhado à certas concepções, independentemente de ordens ou agremiações que porventura faça parte, caminhará, digamos assim, a favor do vento. Mas cada um tem o seu momento, sua necessidade de busca, sua oportunidade e receptividade (ou resistência) para determinado conhecimento.
E ainda que a lei de Thelema na nossa opinião codifique perfeitamente essas concepções, ela deve ser descoberta e apreciada por cada um na hora apropriada, nunca empurrada guela baixo.
Aceitar a Lei é abrir-se para uma liberdade da qual não se poderá jamais retroceder. E isto não é tão fácil quanto pode parecer. Entende o que eu digo?