Comunicações "Espirituais"

Hoje cai na besteira de entrar numa discussão com uma pessoa de inclinações espíritas. Não costumo fazê-lo, mas por tratar-se de um famíliar próximo abri uma excessão.

Eu dizia que as comunicações espíritas com os mortos se daria nas regiões "baixas" do astral e portanto sintonizariam apenas "cascas" astrais em decomposição, não espíritos.

Lá pelas tantas refutei o argumento de que estas comunicações poderiam se dar também nas chamadas "regiões espirituais" afirmando que tais planos superiores de consciência somente poderiam ser acessados por pessoas que tivessem realizado a "consecussão de tiphereth" e alcansado o chamado "Adeptado", o tipo de pessoa que não se encontra todo dia.

No entanto agora me bateu a dúvida. Será mesmo que existe essa relação?

Será que um medium natural não poderia acessar genuinamente espíritos eventualmente?

Ou talvéz a própria consquista da "Visão e a Voz" seja pouco, e somente o cruzamento do abismo possa qualificar o homem para esse tipo de intercurso, se é que ele é possível de fato?

As palavras mais uma vez "embaralhando" tudo! [:D]

Isso vai depender do que vc definiria como "espírito".

Vc ja deve saber que somos "compostos de varios corpos" e depois da morte, segundo a maioria dos autores ocultistas mais aceitos, eles se separam aos poucos...

A qual desses "corpos" vc se refere?

Eu to interpretando "espírito" como Jechidah. Se for isso creio que qualquer tentativa de comunicação seja inutil!^

A que exatamente vc se refere como "espírito"?

E aí sumido. [:)]

Palavas... um dia nos comunicaremos sem depender delas. [;)]

Pois é, não sei se poderia dizer que me refiro a Jechidah, sendo este princípio uma unidade ultimal. É difícil ser preciso quando se trata desse tipo de abstração.

Não sou habituado a raciocinar sobre isso em termos cabalísticos. Vamos ver se você me ajuda a traçar um paralelo com os princípios do homem segundo a teosofia. Me refiro a trindade atma, buddhi, manas. Imagino que isso talvéz corresponda a Jechidah, Chiah, Neschamah.

Portanto não faço alusão a um ser quase mergulhado na divindade, e sim à uma pessoa qualquer que morreu e deixou para traz certos veículos "descartáveis", mantendo outros ainda usuais, como acredito que seja o caso desta trindade de princípios.

Na Cabala a divisão é "quinaria":

Jechidah

Chiah

Neschamah

Ruach

Nephesh

Mas creio que os tres primeiros principios não se encaixem tão bem com o Atman, Budhi e Manas de Blavatsky.

Creio que Atman abranja Jechidah e Chiah, Budhi abranja Chiah e Neschamah, e Manas abranja parte de Neshamah (assim como Budhi) e Ruach.

Ou talvez Os dois primeiros se encaixem e Manas se encaixe em Neschamah como Manas Superios e em Ruach como Manas Inferior.

Já quanto a questão de comunicação, creio que ela só pode ser mantida até o nivel de Ruach ou Manas (teosoficamente falando).

Vocês conhecem a questão em torno da (Re)Ativação da Igreja Gnostica (ou movimento NeoCátaro) que posteriormente veio a fundamentar as igrejas da O.T.O de Reuss, do Martinismo e também da F.R.A?

É difícil falar do método de comunicação Espirita simplesmente com uma abordagem moral sobre "baixo" e "alto" astral. Essa designação de contraste de Luz e Altura tende a cessar, aparentemente, a medida que consciência passa a integrar os diversos paradoxos incrustados pelo Intelecto e pelo Corpo. Na prática a coisa parece ser bem menos excludente... Alias, tudo sobre a iniciação, pelo menos do meu ponto de vista, é simplificar e incluir. Ja tive conversas homéricas com um bom amigo que é Kardecista e Médium em total funcionamento, claro que tudo acaba em boa comida, papo, musica e cerveja. [:mrgreen:]

Acho que tudo depende de quem está operando a "maquina". Se é o operador inclinado a tais e tais energias, tais e tais energias vão se manifestar.

Tem um livro do Grant que aborta esse esquema de corrente astral de uma maneira bem interessante, mas vou ter que checar pra poder indicar exatamente.

Claro! Sem julgar os méritos de eventuais fanáticos "Espíritas" que não tomam o método da tradição com a devida abordagem científica proposta. O mesmo vale para magistas e etc.

Abraço.

93!

Certa vez escutei a seguinte frase: "Não é porque alguém morreu que ficou mais sábio". Dito isto, seguem algumas citações:

A única forma de obter contato legítimo com a essência espiritual dos grandes iniciados é através de Samadhi. O perigo que um cascão representa depende, geralmente, da importância que atribuímos ao cascão, e da nossa afinidade com o tipo de apetites que o cascão expressava enquanto seu possuidor estava vivo. Pessoas de mentalidade baixa e de apetites grosseiros se tornam focos de atração para cascões, e se laços de empatia se formarem, tais cascões se tornam aquilo que ocultistas chamam de “larvas”, isto é, vampiros alimentando-se da energia vital dos seres humanos que os acolhem em suas auras.

[...]

Quem quiser, pois, entrar em contato legítimo com os Mestres, deverá fazelo naquelas mais elevadas esferas dos planos sutis, chamadas de Buddhi, Atmã e Nirvana pelos hindus, e de Binah, Chokhmah e Kether pelos antigos cabalistas hebreus. Qualquer coisa abaixo desse plano será fatalmente falsa e prejudicial a não ser que a concepção que ela desperta na mente humana seja imediatamente cancelada pelo seu oposto.

Idéia idêntica se aplica ainda com maior força à comparação do médiumcom o mago, pois o médium cultiva um transe passivo e negativo que arremessa seu centro de consciência para baixo, para o interior do que podemos chamar de Nephesch. O mago, por outro lado, é intensamente ativo tanto de um ponto de vista mental quanto espiritual, e embora ele também se empenhe no transe noético para manter os processos de raciocínio em suspensão, seu método consiste em elevar-se acima deles, abrir-se para os raios telésticos do eu superior de preferência a descer a esmo ao limo relativo de Nephesch. É esta a única diferença. O cultivo da vontade mágica e a conseqüente exaltação da alma é a técnica da magia. O transe espírita não é nada mais nada menos que uma descida não-natural à inércia e à consciência animal. Abdica-se de toda humanidade e divindade no transe passivo negativo a favor da vida animal e da obsessão demoníaca. A abdicação do ego racional no caso do mago ocorre em favor de uma realização espiritual noética, não do torpor da vida instintiva e vegetativa. Por conseguinte, a magia não está associada sob qualquer ponto de vista à mediunidade passiva.

Na verdade pessoal minhas dúvidas não são sobre mediunidade passiva ou ativa, nem sobre o intercurso com entidades astrais quaisquer que sejam. Sei que tais contatos são não só possíveis como freqüentes. E a mediunidade passiva muito menos desejável ao magista (ou a qualquer pessoa sadia) do que a ativa.

Me questionava sim se a comunicações entre nós, espíritos encarnados, e espíritos desencarnados fosse realmente possível.

Tentando portanto traçar uma recaptulação então vejamos...

I - Concordo com a idéia de que uma comunicação com seres completamente desfeitos de seus princípios menos sutis seja impossível. Ou seja, para expressar-se ou compreender uma expressão alheia a si a centelha Divina necessita de veículos e uma mínima noção de dualidade.

II - É interessante a opinião que seres que ainda que libertos dos seus corpos mais densos (falando teosoficamente - físico, prânico, astral e kama manásico) possa ser de alguma forma contactados dadas as circunstâncias especiais.

III - Também concordo com a colocação referente de que a abordagem moral dos diversos níveis do astral seja pouco adequada, e também acho que medí-lo com um "astralmímetro" não seja uma coisa muito viável. [:lol:]

IV - Seguindo então a linha de raciocínio de Motta, Adeptos que alcansam este estado sublime de meditação completa que chamam de Samadi podem ter acesso aos famosos "Mestres" ou "Grandes Iniciados". E isto se daria nas esferas além de Däath.

Isto responde a minha pergunta, de onde concluo que apenas aqueles que passaram pela consecussão do abismo (e não de Tiphereth como supus a princípio) podem alcansar sintonia com seres que, ainda que não completamente despidos de seus princípios mais densos, estão desencarnados e agrupados em torno de uma centelha espiritual, ao contrário daquilo que se manifesta em quaisquer "sessões espíritas", que não passam de "larvas" e "cascões".

Valeu! [;)]

To achando essa informação de Motta "muito estranha".

Como eu poderia me comunicar atraves de Samadhi?

A palavra e a razão não implica dualidade?

Ha "COMUNICAÇÃO" além do abismo?

Lorkshem, tente entender a comunicação além do sentido literal da palavra. Motta queria alertar para o perigo dos cascões, e que muitas vezes se passam por grandes iniciados. As pessoas poder se comunicar com os cascões no sentido literal. Daí Motta nos alerta que a verdadeira "comunicação" em um sentido alegórico com os grandes iniciados se dá através de Samadhi, pois com a eliminação da dualidade não há mais dualidade entre eu e tu, entre a pessoa e o grande mestre, sendo uma "comunicação" mais direta sem as palavras, mais uma "identificação".

Putz, mas só faz pergunta difícil. [:lol:]

A verdade é que eu não sei, eu só tenho uma idéia totalmente teorica e muito vaga do que seja realmente o Samadhi, jamais experimentei nada parecido.

Mas acredito que se por um lado teoricamente depois do abismo não deveria haver dualidade, por outro enquanto estivermos encarnados estaremos condicionados ao mundo fenomenal. Assim sendo, seremos, até por uma questão mecânica, seres humanos. Claro que com uma concepção da relação que temos com o Universo totalmente diferente, mas ainda humanos e passíveis da pluralidade do mundo.

Quero dizer, ainda que um Adepto alcanse a condição de Magister Templi, imagino que isso não o alienará do mundo absolutamente.

Claro que quanto ao desencarnado que atingiu esse nível é diferente. Acredito que ele saia completamente da órbita de outras estrela a ai sim mergulhe de vez na não-dualidade, o não-ser.

Mas a comunicação a que me refiro não é com seres desse nível. É sim (repito) um contato de grandes iniciados encarnados com seres humanos que ainda que desencarnados mantenham sua consciência agrupada aos princípios superiores que vestem Atma, mas não estariam (ou sim, eis a dúvida) inalcansáveis como penso esteja o próprio Atma depois de totalmente despido.

Tá, só mais uma coisa, sem querer misturar muito as bolas...

E as comunicações com os tais dos "Mestres" ou "Chefes Secretos" são o quê? Ou melhor "quem"?

São iniciados encarnados, são seres de outra evoluçãos, são história da carochinha, que raio são? Que espécie de ser era Aiwass, por exemplo, cujo qual já vi classificarem como uma criatura "preter-humana", mas até hoje não sei o que essa palavra signifique realmente.

Tudo bem, vou tentar não complicar as coisas!^

Lorkshem, tente entender a comunicação além do sentido literal da palavra. Motta queria alertar para o perigo dos cascões, e que muitas vezes se passam por grandes iniciados. As pessoas poder se comunicar com os cascões no sentido literal. Daí Motta nos alerta que a verdadeira "comunicação" em um sentido alegórico com os grandes iniciados se dá através de Samadhi, pois com a eliminação da dualidade não há mais dualidade entre eu e tu, entre a pessoa e o grande mestre, sendo uma "comunicação" mais direta sem as palavras, mais uma "identificação".

Vc entendeu exatamente o que eu quis dizer!

Depois do abismo a comunicação não é "necessária"! Por que eu iria querer me comunicar com ALGUEM se eu já atingi níveis além da razão (mesmo eu ainda tendo uma como ferramente)?

O que eu iria querer saber?

Iria querer me comunicar com alguem que atingiu o mesmo nivel que eu porque?

Acessar uma memoria?

Confirmar um acontecimento?

Creio que ha muitas outras formas de fazer isso...

E creio que em Samadhi até mesmo a "onisciência" já foi ultrapassada!

Jaja esplico porque...

Mas a comunicação a que me refiro não é com seres desse nível. É sim (repito) um contato de grandes iniciados encarnados com seres humanos que ainda que desencarnados mantenham sua consciência agrupada aos princípios superiores que vestem Atma, mas não estariam (ou sim, eis a dúvida) inalcansáveis como penso esteja o próprio Atma depois de totalmente despido.

Imagino que não haja nada que um Magister Templi saiba (no sentido "racional" da palavra) que o outro precise saber...

Mas supondo que essa comunicação seja necessária (algo que acho muito improvável), creio que o ultimo resquício de mente que possa se manter de um "mestre ascencionado" seja o corpo mental, ou "corpo devachanico" que provavelmente se mantenha no plano devachanico e mesmo assim seja apenas uma "casca" de tais mestres mais em um nivel "superior".

Quem já leu a respeito do plano devachanico deve saber que acredita-se que lá estejam os "registros akashicos" que são como um "banco de dados" de tudo que aconteceu, acontece e acontecerá.

E creio que um Magister Templi tenha livre acesso a tal lugar caso realmente necessite (ou seja, se for sua REAL VONTADE).

São iniciados encarnados, são seres de outra evoluçãos, são história da carochinha, que raio são? Que espécie de ser era Aiwass, por exemplo, cujo qual já vi classificarem como uma criatura "preter-humana", mas até hoje não sei o que essa palavra signifique realmente.

Finalmente alguem chegou onde eu queria...

O nivel de adepto.

Creio que depois do adeptado vc já tenha o melhor mestre de todos (seu SAG).

E depois de Magister Templi creio que ter um mestre não faz muito sentido, pelo menos não no significado mais aceito de "mestre". Já que já foi ultrapassado o nível de razão e a razão que sobrou que é pela qual vc atua no mundo serve apenas como ferramenta para realizar sua verdadeira vontade que está além da razão.

Ou seja, conhecimento de todos os mestres estejam em nós mesmos (ou em nosso "eu superior" ou SAG), por isso creio que tais tentativas de comunicação não sejam necessárias.

E mesmo que possíveis, seriam apenas como se comunicar com "cascões refinados".

Na verdade eu criei esse tópico porque entrei numa discussão na qual defendi a idéia da impossibilidade ordinária da situação e da possibilidade sob condições especiais, no caso o Adeptado. Mas é claro que não me ocorreu imediatamente a pertinência do ato em si.

É que às vezes a gente não consegue enxergar direito as coisas até alguém esfregar na cara da gente. Por exemplo esse conceito de "cascões refinados" é novo pra mim, mas já adotei a idéia. Acaba-se criando uma tendência a rejeitar o que é astral e a se supervalorizar o que o transcende, como se tudo além dele fosse absolutamente puro e de caráter ultimal, o que absolutamente não é verdade. Tudo aquilo que veste o conteúdo é continente, e como tal é matéria descartável.

Só pra elucidar de vez o assunto em questão!

Os trechos a seguir foram retirados do último capítulo do terceiro livro de LIber ABA - O Livro 4.

A necromancia é de suprema importância para exigir uma seção própria.

É justificável em certos casos excepcionais. Suponhamos que o magista não consiga acesso a Instrutores vivos, ou necessite algum detalhes especial de conhecimento que ele tem motivo para crer que desapareceu com algum instrutor*16* do passado; pode ser útil invocar a “sombra” de um tal, ou ler o “registro akásico” da mente dele.

Se isto for feito, deve ser bem feito, e bastante nas linhas as invocação de Apolônia de Tiana que Eliphas Levi executou*17*.

O máximo cuidado deve ser tomado para evitarmos uma personificação da “sombra”. É, está claro, fácil, mas raramente pode ser aconselhável, evocar a sombra de um suicida, ou de alguém cuja morte foi violenta ou súbita. De que utilidade é uma tal operação, salvo para satisfazer curiosidade ou vaidade?

Devemos acrescentar uma palavra sobre espiritismo, que é uma espécie de necromancia indiscriminada — a gente preferiria a palavra necrofilia — por amadores. Eles se tornam perfeitamente passiveis, e, longe de empregar quaisquer métodos de proteção, deliberadamente convidam todo e cada espírito, demônios, cascões, todo excremento e imundície da terra e do inferno, a que espirrem sua gosma sobre eles. Este convite é prontamente aceito, a não ser que um homem limpo esteja presente com uma aura suficientemente boa para amedrontar essas imundas criaturas do abismo.

Nenhuma manifestação espiritista ocorreu jamais na presença sequer de Frater PERDURABO; quanto mais na de Mestre THERION*18*!

De todas as criaturas que Ele já encontrou, o mais proeminente dos espiritistas ingleses (um jornalista e pacifista de fama internacional) tinha a mente mais imunda e a boca mais suja. Essa pessoa interrompia qualquer conversação para contar uma estúpida anedota obscena, e não podia conceber qualquer sociedade secreta que se congregasse para outro propósito que “brigas fálicas,” o que quer que elas sejam. Completamente incapaz de se concentrar num argumento, ele arrastava a conversação repetidamente para a única coisa que o interessava — sexo, e perversões sexuais, e sexo e sexo e sexo e sexo outra vez.

Isto era o evidente resultado do espiritismo dele. Todos os espiritistas são mais ou menos similarmente afligidos. A gente sente a sujeira deles mesmos do outro lado da rua; suas auras são rôtas, enlameadas e mal-cheirosas; eles segregam o lodo de cadáveres em putrefação.

Nenhum espiritista, uma vez esteja completamente enredado em sentimentalismo e fantasmas-de-medo freudianos, é capaz de concentrar o pensamento, ou de vontade persistente, ou de caráter moral. Desprovido de toda centelha da luz divina que era seu direito de nascer, presa antes da morte dos horrendos habitantes da sepultura, o desgraçado, como o corpo mesmerizado e vivo do Monsieur Valdemar de Poe, é “uma massa quase líquida de repugnante, de detestável putrescência.”

O estudante desta Magia Sagrada é seriamente avisado a não freqüentar as “sessões” deles, e mesmo a não admiti-los a sua presença.

Eles são tão contagiosos quanto a sífilis, e mais mortíferos e repugnantes. A não ser que a aura de você seja suficientemente forte para inibir qualquer manifestação das detestáveis larvas que os infestam, evite-os como você não precisa evitar meros leprosos*19*!

É parece que Crowley não gostava mesmo de espíritas...

A seguir, o conteúdo das observações:

16 As únicas gentes capazes de serem úteis ao Magista pertencem a Adeptos que estão jurados a se reincarnarem a curtos intervalos, e os melhores elementos de tais mentes são ligados ao “Ser Inconsciente” do Adepto; não são abandonados para vagarem pelo Plano Astral. Será assim mais lucrativo tentar entrar em contato com o “Instrutor Morto” no presente avatar dele. Além disto, Adeptos se esforçam por registrar seus ensinamentos em livros, monumentos ou pinturas, e designam guardiões espirituais para preservar tais legados através das gerações. Quando tais registros são destruídos, ou se perdem, o motivo usualmente é que o próprio Adepto julga que a utilidade deles terminou, e retirou as forças que o protegiam. O estudante é portanto aconselhado aqui a aquiescer; as fontes de informação ao seu dispor foram provavelmente selecionadas para ele pelos Guardiões da Humanidade, tendo em vista as verdadeiras necessidades deles. Devemos aprender a confiar em nosso Sagrado Anjo Guardião como capaz de arranjar as nossas circunstancias com perícia. Se apenas nos absorvermos no ardor de nossa aspiração a Ele, bem cedo a Experiência nos convence de que Seus trabalhos e Seus caminhos são infinitamente aptos às nossas necessidades.

**17 **Veja-se Dogme et Ritual de la Haute Magie; Dogme, Cap. XIII.

**18 **Mesmo as primeiras Iniciações conferem proteção. Compare-se o medo que D.D. Home tinha de Eliphas Levi. (“A Chave dos Grandes Mistérios”.)

19 Ocorre em certos raros casos que um grau pouco usual de pureza pessoal, combinada com integridade e força de caráter, prove mesmo os ignorantes com certa defesa natural, e atrai à aura deles apenas entidades inteligentes e benéficas. Tais pessoas podem talvez praticar o espiritismo sem maus resultados óbvios, e até mesmo com bons resultados, dentro de certos limites. Mas tais exceções de forma alguma invalidam a regra geral, ou servem de argumento contra a teoria mágica delineada acima.

Fonte: http://hadnu.org/liber-aba-magick-o-livro-quatro/magick-em-teoria-e-pratica/da-magia-negra-operacoes-de-arte-magica-e-dos-poderes-da-esfinge