Oi Laura.
Segue meus pensamentos, que são os limites da minha experiência.
Acredito que nós estamos em tempos de liberdade sexual, principalmente para as mulheres. Podemos dividir as mulheres em duas classes: as que atingem o orgasmo e as que não atingem o orgasmo. Acho que isso é algo de SUMA IMPORTÂNCIA para a sociedade, para a pessoa da mulher, e para o parceiro dela. Acredito que a história da civilização fez isso com a mulher, e, ela mesma (pois a civilização não entra inteira dentro do quarto). Sem falar daqueles animais desumanos dos Muçulmanos (que morram todos).
A mulher não é menos sexualmente ativa e de menos libido do que o homem, isso é outra herança secular. Então, pela primeira vez na História da Humanidade a Mulher está podendo ser Mulher. Acontece que ninguém sabe o que é a Mulher direito, e nem ela mesma, pois ela ainda não se revelou, algo que está acontecendo em nosso Era (eu estou generalizando, o que é algo argumentativamente meio repulsivo, mas vocês entenderam). Então, nós estamos em tempos de Liberdade Feminina, e liberdade sexual. Isso é claro em termos culturais do comportamento da mulher, e até uma certa depreciação do feminino através das músicas e da imagem que a mulher está adotando perante ela mesmo e os homens (a mulher sempre fala mal da mulher; a depreciação do feminino tem a concordância da mulher). Fiz este comentário pois para falar de relacionamento entre homem e mulher é necessário ter isso em mente.
Outra coisa importante é a diferença entre amor e sexo, já bem conhecida. Então, a atração sexual é diferente do amor. Pode haver sexo sem amor, mas amor sem sexo talvez não. É ao apetite sexual e o desejo que, segundo Crowley, e outros, nós devemos dar livre curso. Se o desejo for algo constante e não algo passageiro, pois, se não se entrega-se ao desejo ele se infiltra na mente causando problemas pela não descarga do desejo em seu modo normal de satisfação. O amor é outra coisa. Ele pode envolver "doenças", como a posse, o ciúme, "doenças" causadas devido ao modo que a civilização entende e vive o amor. Mas nós não vivemos o amor ainda. Isso só é possível quando os parceiros atingem Tiphareth e, até mesmo, quando cruzam o abismo, antes disso a amor pode ser um problema e fuga de si mesmo.
O amor sadio envolve criação. Criação de filhos (família), bens materiais e bens espirituais. São dois que querem construir algo juntos, na e para a eternidade. Duas Estrelas Brilhantes que se enlaçam no amor sob vontade para o desenvolvimento pessoal de cada um e de toda a humanidade. No amor, a traição é o rompimento da aliança. A aliança se racha (em alguns casos fisicamente, o anel mesmo), então entra um elemento estranho que pode interferir em tudo o que está sendo construído pelo casal. Acredito piamente que o amor é algo que deve ser escolhido e sustentado pela vontade da pessoa, e que desta forma ele se mantém e não é passageiro. Então, se for pelo sexo, a traição é saudável se se obedece ao desejo intenso, e se for da vontade das pessoas envolvidas. O que causa o maior dano na traição é a mentira e o engano (encobrir e mentir. Quer algo mais nocivo que a mentira? Mentir e esconder é algo daninho, que apodrece tudo silenciosamente. Mas no Amor, a traição pode ser uma quebra do círculo, e a introdução de um elemento estranho. Mas aqui, como em tudo: Faze o que tu queres.
Acredito que o amor monogâmico, o amor romântico morrerá em nossa Era e que a Mulher terá uma grande responsabilidade nisso, devido a liberação do seu instinto sexual historicamente e pessoalmente reprimido (pois ele está surgindo de uma maneira intensa, devido a ter sido muito tempo preso). E que o Amor irá ressurgir no AEON da Verdade e Justiça (o AEON de Maat). Quando a Mulher enfim se conhecer. Quando a Mulher dar um rumo a sua instabilidade hormonal e sentimental e "cingir a espada", se equilibrar, se conhecer para poder criar junto com o homem.
Acho muito curioso quando os thelemitas (crowley??) chamam a mulher de Puta. Que Babalon é como um simbolo da mulher livre e devassa, adultera, que se entrega aos desejos da sua voluptuosidade (faz parte da natureza da mulher até então reprimida e desconhecida esta liberdade sexual), e que a virgindade é, de certa forma, combatida. A mulher deve aprender a gozar (atingir o orgasmo, algo que ela não sabe), e a liberdade e "devassidão" sexual faz parte deste processo. Mas, ao mesmo tempo, está escrito no Liber Al, que a Mulher deve parar de brincar com pequenas doçuras e "cingir a espada", para a guerra e conquista. Então, que matamos o amor, para que ele surja, verdadeiramente, depois. (cito Liber Al, pois gosto do Texto, e porque este Forum é, relativamente, Thelemico).
Bem, este texto tem muita informação de modo truncado (como tudo que escrevo aqui), então que o leitor saiba perceber a multiplicidade dos assuntos tratados e tire suas próprias conclusões.
Att.
Yezide.
P.S. Laura, qual sua opinião sobre traição? E a opinião dos demais foristas?