Uma das máxumas de Schopenhauer diz que “o homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer (escolher) o que quer”.
De fato, nunca ouvi falar em "escolher" sua Verdadeira Vontade. Restaria a escolha de fazer ou não sua Vontade, mas em matéria de decidir que Vontade é essa, parece ao meu grau de consciência que não temos escolha. Alguém conseguiria me dar uma pista de como não poder decidir meu caminho para o Sucesso não inside em Restrição?
Talvéz eu esteja chegando meio atrasado nesta conversa, mas...
Já que se está citando filósofos, Kant diz que "o homem é livre para seguir a lei", ou seja, pode-se concluir que ele esteja afirmando que qualquer coisa que se faça que não seja usar-se desta liberdade para este fim determinado seja um ato de uma certa escravidão. Acredito que talvéz Schopenhauer ande mais ou menos esta mesma linha de raciocínio.
Penso que o querer verdadeiro esteja associado a uma certa inexorabilidade. "Não te é permitido fazer senão a tua Vontade."
Com relação à restrição, imagino que quando você segue por um caminho diferente daquele que foi estabelecido como sendo sua Verdadeira Vontade (ciente dela ou não), esteja sendo levado por influências restritivas, e não o contrário.
Quero dizer, não necessáriamente o que o ego "escolhe" para se sentir livre faz com que você torne-se de fato livre. [;)]
No entanto penso que a Verdadeira Vontade, em torno da qual se costuma criar todo um vulto de mistério, acabe sendo uma coisa simples, algo que sempre esteve lá. Acho que muito dificilmente você descobrirá que ela seja absolutamente diferente do que você sempre intuiu que fosse.
E além do mais, se um cordeiro de descobre lobo é porque sempre foi lobo, e vice-versa. E muito provavelmente há muito tempo ele já desconfiasse de sua verdadeira condição.
É Píndaro e não Nietzsche: "Genoi Hoios essi mathon". A tradução literal seria algo como: tornate aquilo que és, homem. Talvez bem próximo do "conhece-te a te mesmo." Mas o Nietzche usa em pra justificar outra coisa, que vai desvirtua do conhece-te a te mesmo. Parece, não tenho certeza, que é algo como: "Conhece-te a te mesmo. Mas o que há para conhecer?".
Salvo engano, pra um e pra outro os significados são diferentes. Também nunca li o Ecce Homo. Eu gosto do Jung falando sobre o Nietzsche e sobre a Vontade de Poder. Das tretas dele como Wagner e com o Shops... Disso ele chega na previsão da segunda guerra mundial. Mas isso é offtopic né... Foi malzis! [:mrgreen:]
Tens razão irmão,mas eu gosto bastante de Nietzsche,o primeiro bigodEMO da história,com aquela franja no bigo hehe.
Falando sério,sou do pensamento de que esses autores ditos "pessimistas" são muito mais otimistas do que o que temos por auto-ajuda hoje em dia.O que seria então tornar-se um super-homem?Não seria que nem o dancarino Zaratustra,que dança,e cria e destrói e cai no abismo para ressurgir redivivo?No "crepúsculo dos ídolos",quando "filosofamos à marteladas",devemos superar o homem em nós mesmos,superar até mesmo Nietzsche.Eu superei,falta cair e ressurgir....(não lembra um certo discurso de pular o abismo caros? [8-)] ).
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
É... Eu por outro lado conheço pouco ou quase nada dele. A impressão que tenho é que ele foi viveu realmente como um herói, sucumbindo a um destino trágico e que isso tem um lado bom e um lado ruim, os dois se sobressaem e não existe um equilíbrio. (Faze o que tu queres) Não sou filósofo, entendo bulhufas nenhuma desse funcionamento, mas creio que algo parecido acontece/aconteceu com o Deleuze... Não que o que ele escreveu não 'presta', mas que o que ele escreveu é somente o que ele escreveu e não um 'mapa' pro auto-descobrimento ou pro descobrimento automático de conceitos. Pelo contrario, em doses cavalares pode rolar um inflamento bizarro do Ego. [:shock:]
Acho Nietzsche muito importante para o Misticismo, mais do que Schopenhauer (embora este último seja importante também assim como toda a filosofia). Heidegger e Sartre são estupendos quando lidos com um olhar Místicos (embora todas eles nãos sejam Místicos), o Livro "O Ser e o Nada", é quase uma descrição dos casamentos de Nuit e Hadit em termos do cotidiano. O "Ser e o Tempo" descreve muito bem o processo de desenvolvimento do pensamento humano através do tempo. Quando a filosofia contemporânea disserta sobre o Nada e a consciência, acho muito significante. Na minha opinião todo estudante de Thelema deveria ler o "Assim falava Zarathustra" de Nietzsche, além de estudar a crítica que ele realiza sobre o Sujeito. Pasmem, em sua crítica ao Sujeito (ego, eu), ele faz reflexões dignas de Daath e o cruzamento do Abismo, sem contar que sua crítica a Razão e o pensamento lembram muito Crowley (ou crowley lembra muito Nietzsche, mas isso é pensamento geral do AEON, presentes em todo pensamento contemporâneo, lembrei agora do Stephen Hawking, em um video sobre se Deus criou o Universo, onde ele se mostra muito thelemita e explica a fórmula 0=2). Mas voltando a Nietzsche, ele realiza uma crítica incrível ao Ego, digna do Abismo, uma crítica a Razão, muito próxima do Crowley em "Aleph" e principalmente no "Livro da Mentiras". Sem contar que sua teoria sobre a "Vontade de Potência" é muito similar a ideia de Crowley da V.V. Enfim, eu pessoalmente acho muito importante o estudo dos filósofos contemporâneos para um entendimento mais amplo do AEON e do pensamento de Crowley, principalmente Nietzsche, Heidegger e Sartre.
Se Schopenhauer , Nietzsche ou Stephen Hawking falassem algo que preste ( em termos de magia) eles teriam alcançado grandes resultados , seja como um Crowley , um Buda , um Cristo ou pelo menos o que conseguem esses magos pequenos, mas nunca ouvi falar que conseguiram nem o minimo disso, são apenas masturbadores mentais.
"A verdadeira vontade "... Não é um termo tão racionalizável assim simplesmente , é algo que se pratica meditando e tentando vencer o ego. Não foram poucas as vezes que não entendi nada do que dizem naquela sociedade teosófica , nem mesmo o probre Krishnamurti consegue se fazer claro em suas colocações , é lógico, porque o subconsciente não é racionalizável como o ego de alguns aqui querem. Mas podemos praticar algumas coisas e conseguir bons resultados, mesmo que não entendamos.
Requer muita energia para entender algumas coisas , ordálias , resultados , em termos de magia , mas para vencer , e adquirir esses resultados e ainda mais explicar são outros 500... Coisas que essas pessoas que estão ocupadas com seus empregos , sexo , inimigos ( ego) dificilmente possuem.
Bem, Schopenhauer Nietzsche ou Stephen Hawking não eram Magistas. Mas eles disseram sim coisas importantes sobre magia. "Masturbadores mentais"(?) Pensadores seria melhor, assim como os Magos o são. Um filósofo não necessariamente é um Mago, mas um Mago é um filósofo. Você provavelmente não deve ter lido nada sobre eles, e por não entender, assim como não entendeu os escritos da "sociedade teosófica", não pode, por isso, despreza-los.
Não esqueça que o método do Crowley é feito para nós Ocidentais que possuem emprego inimigos, ego etc.
Além disso, eu acho sim que você deve entender o que está fazendo, e tentar trazer em símbolos da razão aquilo que não é racional.