Liber iii

93!

Nos ultimos dias eu tenho sentido uma certa nescessidade nesta prática.
Pelo sistema da ordem esta prática é para alguns graus um pouco avançados em relação ao meu (probacionista é meu grau)
O que eu quero saber, das pessoas que tem mais experiencias, se é recomendavel e efetivo efetuar essas práticas (do liber iii) em meu grau, não tendo alcançado ainda um sucesso definitivo nas outras praticas. Em minha vida pessoal, eu tenho precisado muito dessa habilidade, de auto-controle, dominio sobre minhas ações, pensamento e fala, poderiam me ajudar dando suas opiniões? Agradeço.

93!

Nada posso dizer com relação à utilidade e viabilidade dessa prática para você, sua vida, seu grau... o que posso afirmar é que eu pratiquei por alguns anos consecutivos (por coincidência, ou não, precisamente nessa época do ano), e obtive resultados bem esclarecedores. Observe que não usei a palavra "satisfatórios" para me referir aos resultados, muito ao contrário, no entanto, serviram para me colocar dolorosamente a par da minha própria (in)capacidade de auto-controle e da lenta evolução desta com o passar do tempo e a prática de determinados condicionamentos.

A prática proposta em Liber III vel Jugorum é boa, aliás, é muito boa, mas deixa marcas indeléveis... quanto melhor preparado você estiver, tanto mais inteiro sairá da brincadeira, mas dificilmente sairá completamente ileso, então se acha que está pronto, faça conforme sua Vontade, mas entenda também que "não agir" não significa inconformidade com a Vontade, "estar pronto é tudo".

Eu compreendo perfeitamente a necessidade que alguns tem de se testar, eu também sou assim, mas é claro que seria irresponsabilidade da minha parte se eu incentivasse esse comportamento, assim sendo, me limito a relatar meus próprios pequenos sucessos e medianos fracassos, de forma que a liberdade de cada um seja seu próprio critério.

93,93/93

93!

Obg pela resposta. Você poderia falar sobre as "marcas" que ela pode deixar? Com base em sua propria experiencia.

93,93/93.

Na verdade eu me referia à marcas físicas, cicatrizes mesmo...

O que acha que a seguinte passagem quer dizer?

"2 - Cada vez que te traíres falando o que tentas evitar, cortai os pulsos ou o antebraço com uma lâmina como se estivesse batendo num cão rebelde. O Unicórnio não teme as garras e os dentes do Leão?

3 - Teu braço servirá tanto como alerta quanto recordação. Tu anotarás teus progressos diários até que consigas estar perfeitamente atento, todas as vezes, até a ultima palavra que sai de tua boca.

Assim restringindo-te serás eternamente livre."

Claro que cada um deverá ter sua própria metodologia mas, no meu caso, a lâmina de uma navalha riscou 3 polegadas no meu braço tipo umas 400 vezes em duas semanas. Não costumo dar conselhos, mas abrirei uma exceção nesse caso: se por acaso você for utilizar o mesmo método, seja suave, apenas deixe a navalha escorregar, não a force contra o braço, pode acreditar, não é legal. : )

Kkkkkkk entendi, cara, eu escolhi usar uma agulha de seringa. 1° pq tenho varias aqui, 2° pq ela fere meenos espaço (muito menos) causando o mesmo efeito, e saindo uase sangue nenhum, futuramento penso em comprar um taser de choque

Estive pensando, e não estou muito satisfeito com a resposta...

Aluvaia (ou qualquer um que praticou), você percebeu um resultado em sua vida pessoal?

Mas de qualquer maneira não importa, irei praticar e eu mesmo ver o resultado. Obg!
93,93/93!

Sim, Oath, sem dúvida alguma ouve um forçado desenvolvimento das faculdade de autocontrole, auto-observação e autoconhecimento, assim como um fortalecimento expressivo da Vontade.

Autocontrole por motivos óbvios, quero dizer, se você for (no caso de um exercício de supressão de discurso, por exemplo) verborrágico demais, aprenderá a ser econômico ou caso contrário certamente acabara falando palavras "proibidas", e esta é uma situação que para mim serviu como uma luva (ou uma bota ortopédica, talvez) pois tenho essa tendência a falar em demasia.

Auto-observação porque você aprende a pensar e repensar tudo o que vai dizer antes de falar e observar de formar redobrada a si mesmo no intuito de se policiar. No começo, às vezes, a gente até esquece do exercício entre uma conversa e outra e mais tarde fica contabilizando o que disse e o que não disse, mas depois, com o passar do tempo, quando você já está condicionado e no meio de um discurso você fala o que não deve, chega até a dar um mal estar daqueles de fazer a gente mudar de cara, do tipo "putz, aconteceu de novo, mas que droga!", e então fica esperando o interlocutor ir embora para você poder aplicar o castigo, é meio como quando o cara aprontava na rua quando era criança e sabia que ia apanhar da mãe quando chegasse em casa. rsrsrsrsrs

Autoconhecimento porque pela contabilidade dos seus flagelos, você será capaz de medir o quão doutrinado (ou não) é o ser humano que você está vestindo. Particularmente gosto muitíssimo de brincar de suprimir o pronome EU do vocabulário, e medir também o quão auto-referente eu sou no meu dia-dia. É, no mínimo, um exercício interessante.

E como todo exercício fortalece alguma coisa, este fortalece a Vontade.

Como seria uma parafrase para o pronome?

Eu comecei a praticar hoje e estou achando interessante. Estou temendo a agulha cada vez mais, de maneira que estou ficando mais atento, mais conciente do que faço, mas estou só no começo

Se está perguntando sobre uma palavra substitutiva para o pronome, eu creio que não exista nenhuma aplicável em uma frase sem causar muita estranheza. Normalmente o que rola é uma supressão mesmo, não uma substituição.

Divirta-se aí com seu novo brinquedo. Eu não deixaria de tentar contabilizar, também pra isso serve o diário.

Sem duvida! Não só estou anotando as falhas, como também achei interessante anotar quando a palavra chega a mente para ser dita, mas me torno conciente e nao digo nenhuma letra. Considero isso um "acerto"

E obg pelas respostas, foram uteis.

93,93/93!

Pensando bem acho q vou anotar só os erros msm, é o suficiente..