Não gosto de post consecutivos, mas fico ruminando coisas e parece que sempre faltou algo a se dizer a respeito, assim sendo, peço a paciência dos amigos e prossigo no meu monólogo.
Por algum motivo desconhecido, ou simplesmente porque assim é, sem motivo algum, o Nada parece ser, por assim dizer, abominável; e Kaos é o Nada e, enquanto tal, é totalmente receptivo e eminentemente prestes a ser alguma coisa mediante o mais tênue dos estímulos, e de fato está perpetuamente à espera de que algo o estimule, de algo que propicie um movimento do “Não-Ser” em direção ao “Ser”. E este estímulo é o Desejo.
Kia já é “algo”, sendo a manifestação primeira do Kaos, ou melhor dizendo, a continuação deste, e ele, como já disse, se transforma em Zos quando toca o universo material, manifestando-se em forma de Consciência Universal. Entretanto, entre a mente consciente e Kia está a mente inconsciente. Kia não é individual, a princípio, tonando-se aparentemente individualizado conforme se aproxima da mente consciente, mas isso é uma ilusão, pois até a mente inconsciente da gente se coletiviza conforme se aprofunda em direção ao Kia.
A mente inconsciente é a porta de entrada para o Kia e, por correspondência, para o Kaos, e é a partir da linguagem simbólica dessa estrutura psíquica que conseguimos introjetar o desejo e assim produzir o estímulo capaz de fazer essa fonte toda receptiva vir à existência manifesta. Eis a base da Magia de Sigilação.
Mas o caminho inverso também pode ocorrer, isto é, de recebermos “sinais” do inconsciente mediante impulsos do Kia. Eis a teoria que explica coisas tipo precognição, intuição, insights e até algumas formas de divinação.
Não tenho certeza se o conceito de Kaos é ideia de Spare, acho que ele se deteve em Zos e Kia, tendo vindo à baila o termo só nos anos 70 por contribuição de Carroll, mas acredito que complemente formidavelmente a teoria.
Pronto, prometo que agora me calo. : )