EDIT: Resolvi editar pra explicar melhor, no caso ilusórios seria como se eles fossem uma “interpretação do magista” por assim dizer, fora de curva seria se fossem diferentes dos demônios que caíram com lucífer (pelo menos é o que a história conta) e não obedecessem essa hierarquia ou se são “canônicos”, que no caso caíram com lucífer e obedecem a essa hierarquia.
Crowley escreveu especificamente sobre espíritos da Goetia em A Interpretação Iniciada da Magia Cerimonial, mas a atitude dele em relação a magia x psicurgia varia ao longo dos anos. Esse texto foi escrito por volta de 1902 e voltado para o público mais “cético” que ele deseja atrair.
O comentário que eu acho mais relevante é este trecho do Liber O vel Manus et Sagittæ, que para mim também se aplica à Goetia:
"Neste livro fala-se das Sephiroth e dos Caminhos; de Espíritos e Conjurações; de Deuses, Esferas, Planos e muitas outras coisas que podem ou não existir.
É irrelevante se elas existem ou não. Ao fazer certas coisas certos resultados seguirão; os estudantes são seriamente advertidos a evitar a atribuição de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer uma delas.
[…] O estudante, se atingir qualquer sucesso nas práticas a seguir, se verá confrontado por coisas (ideias ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritas. É essencial que ele permaneça o mestre de tudo o que vê, ouve ou concebe; doutra forma será escravo da ilusão e presa da loucura."