Problemas com daemon

93

Eu nunca pratiquei Goetia e nem cheguei a começar a leitura das Clavículas ainda, mas estou tendo certos pensamentos que julgo serem perigosos. Desde sábado eu venho pensando no nome de Astaroth a todo momento praticamente, isso tem me incomodado muito e me deixado com um certo receio. Ontem antes de dormir tentei resolver isso realizando 2 RMPs seguidos, tentando obter o máximo de resultado no ritual, mas mesmo assim o nome ficava vindo na minha mente. Pensei em ser um espírito zombeteiro também, mas me chamou a atenção o fato de ser extremamente nítido quando o nome me vem a cabeça.
Algum irmão mais experiente com Goetia poderia me aconselhar? Demais conselhos são bem vindos.

93 93/93

1 curtida

93!

Ainda que eu não acredite em “espíritos” - muito principalmente os zombeteiros - acredito sim em ideias obsessoras. E sim, esse é um expediente mental, e acontece o tempo inteiro, em maior ou menor grau, já que nossa mente inconsciente é uma fera indômita, e pode sim causar desordens mentais e físicas. No entanto, quadros mais graves são raros em pessoas saudáveis (sem predisposição orgânica), e mesmo nesses casos a intervenção medicamentosa pode ser aplicada com sucesso. Mas não quero crer que seja o seu caso.

Na verdade não acredito muito em “pensamentos perigosos”, mas tenho plena fé em sentimentos perigosos, e sei perfeitamente que uma coisa pode se transformar em outra muito facilmente uma vez que ideias e sentimentos são coisas indissociáveis.

Acho que a grande chave para sua obsessão especificamente está no sentido que essa figura tem pra você, no que Astaroth significa na sua vida. Por que o receio? E se você não pratica Goécia, se é que nem sequer leu as Clavículas, por que necessariamente associar o nome a algo além de um conjunto estranho qualquer de fonemas?

Um banimento é uma prática de higienização mental e, por extensão, psíquica e emocional. Ele tem como intuito criar por meio da imaginação uma atmosfera que organize e equilibre a esfera mental, ao menos temporariamente. Formas de banimento existem as mais diversas, e quanto mais tradicionalista você for tanto mais efetivas serão as fórmulas ortodoxas mais fechadas. De toda forma, existem alguns elementos internos que podem permitir que fendas permaneçam abertas nesse círculo; o medo, até por se tratar de um dos sentimentos mais básicos, é o principal deles.

Meu conselho seria no sentido que de você se distraísse com algo agradável e tratasse isso como qualquer outra ideia obsessiva. Quem nunca passou horas, dias até, com uma música chata na cabeça? E se mantivesse fazendo uns banimentos bacanas nos horários habituais. Aliás, essa é uma coisa que pode auxiliar com os RmP, digo essa coisa dos horários; jogando com eles como se tivessem hora para expirar você terá dois pontos de confluência diários, o que pode ser entendido como horários muito poderosos dentro da sua ritualística. É uma dica.

E se quiser mais uma, eu diria pra deixar essa leitura sobre Goécia pra mais tarde. Bem mais tarde.

93,93/93

1 curtida

É como uma música chiclete, basta voltar tua mente para outra coisa que você irá parar de pensar nisso. De qualquer forma, um nome não deveria te incomodar. Se é a tua cabeça quem pensa no nome então é você quem está buscando Astaroth e não o contrário.

Alto lá, cara pálida! Muito cuidado com esse negócio de “o aluvaia disse”. Escrevi “espíritos” entre aspas e com letra minúscula para me referir a entidades não-vivas, especialmente aquilo que ordinariamente se chama de zombeteiros. Eu reafirmo que não acredito em possessão e não acredito no intercurso de pessoas vivas com pessoas mortas. Mas afirmo plenamente e com todas as letras que creio na Centelha Divina que habita o Coração dos Homens e os une pelo cerne, creio sim no Espírito do Divino que se manifesta no Universo tendo como veículo o Espírito Humano. Agora esse negócio de necromancia, pelamordedeus, né?! Acredite no que quiser, mas me poupe… ¬¬

Magia existe em toda a volta do globo terrestre desde priscas eras, inclusive em lugares absolutamente indiferentes a pretensa existência de anjos, demônios, diabo, deus e bíblia, haja vista as diversas e fervilhantes formas de xamanismo, que é a primeira expressão tanto da religiosidade humana quanto da magia quando estas eram indiferenciáveis. E mesmo hoje, posso lhe garantir que existem muitas correntes mágico/religiosas, algumas delas até no Brasil, que não estão nem aí pra magia judaico/cristã.

Ad hominem desnecessário e deselegante; rebata o argumento, não deprecie o argumentador já que isso denota falta de capacidade (só um toque).

“Bem” e “mal” são conceitos morais e temporais, e muito já foi discutido aqui com relação a isso e até mesmo relacionado a coisas um tanto mais complexas do que isso, do tipo “Via da Esquerda x Via da Direita” e todo o preconceito que esses termos abarcam e perpetuam. Seja como for, existem mais de uma definição para “magia negra”, por exemplo, e posso garantir que essa de “magia negra para o mal e magia branca para o bem” é a mais pueril delas.

Eu digo que magia é um conjunto de técnicas, todas elas incolores, ou multicoloridas, depende do experimentador. Magia é como o fogo, mil e uma utilidades e nenhuma conotação moral; difícil de se produzir num primeiro momento, relativamente fácil quando se aprende alguns atalhos, e algo com que sempre se estar vigilante pois a finalidade é responsabilidade sua e não culpa da “espécie” de fogo que você está usando.

Ah, mas então por que lidar com “demônios” é perigoso? Porque mexe com aspectos seus inconscientes, ou seja desconhecidos (e não, não existe esse negócio de “pensar inconscientemente”; ou você pensa, ou recalca!), sentimentos e pensamentos em estado bruto e que podem trazer reações psicofísicas violentas.

Sinceramente, acho que você deveria se focar no que você mesmo pensa, no que você mesmo fala e no que você mesmo faz. Suas opiniões são bem vindas, apesar de eu não concordar com elas; seus eventuais rebates argumentativos também. Suas críticas pejorativas, não.

Pode me rotular de ingênuo se isso te satisfaz, mas aquilo que você chama de “possessões registradas” são amplamente questionadas tanto pela medicina quanto pela psicologia e até pela parapsicologia. O que era possessão antigamente, é doença mental e distúrbio psicofísico para os investigadores moderno. E até onde sei, a parte da magia que se propõe a lidar com os “espíritos” dos mortos se chama sim necromancia.

Pode me rotular de maluco se quiser, mas digo que nem todo mundo que mexe com “demônios” o faz para produzir o mal. Magia é um caminho íntimo de auto-descoberta. Quem mexe com “demônios” mexe com os seus próprios demônios. Já esse papo de “céu” é por sua conta, pra mim o céu é onde voa o avião.

Aí, como eu disse, é responsabilidade sua, a prática mágica não é “boa” ou “má”, você é que age em conformidade com a sua moral, ou não. A técnica não muda e nem determina a intenção.

Inconsciente existe, e sim, recalcar coisas ou se deixar obsediar por elas pode, é claro, produzir pensamentos obsessivos, mas não, por nada posso crer que seja o próprio Astaroth em pessoa advindo das profundezas do Inferno que está debaixo da cama esperando pra atacar.

Você fez críticas sim, elas estão pontuadas na minha resposta, dizer que algo que alguém disse é “burrice” é uma crítica, e não é das mais construtivas, convenhamos.

Eu não sou administrador do Fórum, sou moderador, e não sei no que isso interfere na discussão já que não uso meus maravilhosos “superpoderes” de moderador pra absolutamente nada. E pelo que entendo e acredito, magia é algo científico sim, aliás tudo o que existe na matéria se explica de maneira científica (ao futebol as regra do futebol, não do vôlei!); nós até podemos não ter encontrado explicação pra um monte de coisas, mas não significa que elas não existam, e apelar para o sobrenatural acho pouco maduro. O que você chama de “magia demoníaca” só o será pra quem acredita no demônio, e eu posso tranquilamente fazer magia e não acreditar nesse senhor, como de fato. Posso estar equivocado? Sim, mas é uma posição forte e amparada na razão e na razoabilidade, não em fé.

Ah, e o “Terça-Feira” Lobsang Rampa, tudo indica que tenha sido um charlatão de quinta categoria… rsrsrs

Demônio são codificações. Você já deve ter notado que na magia, assim como em todas as tradições ocultas muitas coisas são cifradas (e por isso dizemos que são ocultas!). Demônios são simbólicos. Céu, Inferno, Árvore da Vida, Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, Lúcifer, a Serpente, Cristo, Adão, Eva, Caim, Abel, o caralhA4… Tudo são simbologias. Acreditar nessas coisas literalmente é flertar com a loucura. Alquimia não é simbólica? As Ordens mágicas e místicas não são impregnadas de simbolismo? O sagrado passou sempre obrigatoriamente pelo simbólico para se manter preservado da corrupção. Velado, ocultado sob o véu do alegórico. Muitas culturas usam esse expediente, não é uma exclusividade das religiões Abraâmicas.

Você pode fazer aquilo que chama de “magia demoníaca” se quiser, pode até evocar e se identificar com o que chama de “demônios” se desejar, mas está fazendo isso errado, é auto-ilusão, o máximo que vai conseguir é atrair coisas ruins para a sua vida, e isso não por causa dos pretensos demônios, mas por causa do que eles representam pra você. O que faz a magia acontecer é o inconsciente, e este só se comunica por meio de símbolos, que é a linguagem que ele conhece. O que importa é a intenção expressa pela via da representação alegórica. Vai atrair e até manifestar o que a ideia representa e não a coisa em si.

É da literalização da religião que nascem os fundamentalistas. E no ocultismo não é diferente. Mas, enfim, que cada um creia no que seu coração mandar.

Bom final de semana a todos!

2 curtidas

Goetia não é um problema, o problema é o que você invoca nela.
Há um erro crasso em atribuir Goetia a Demônios somente.
A Goetia pode ser usada para invocar qualquer entidade superior, porém as que costumam atender pedidos de vingança e coisas Egóicas, são entidades que não costumam fazer favores ou dar nada de graça a ninguém.

Cara, é no minimo INTRIGANTE, como uma pessoa fala que invocar demonios não é um problema, como “o problema é o que você invoca nela”, ate concordo, mas não concordo com o fato que você tem por verdadeiro que tudo é possivel na magia, em todas as suas vertentes, como você acha que voce pode tirar mel de uma pedra so porque você quis fazer isso com os pensamentos corretos. Se você usa a goetia você tem que estar preparado para usa-la, se não, IRA acarretar problemas, simples assim.

Eu lembro até hoje na minha infancia, quando minha mae falava: “Dorme com os anjos.” Eu pensava na goetia sem nunca ter a visto (ai fica a dica pra vocês -e pra mim tbm- : eu nunca tinha a visto?), o primeiro demonio que vinha na minha cabeça era Astaroth e então eu via, sem ver, todos os demonios acima e abaixo dele NO LIVRO. Goetia é coisa seria, não é coisa pra criança aushduashduashdua :smiley:

E eu retiro tudo que eu disse nesse forum, e nunca mais venho aqui. Valeu.

1 curtida

Eu estudo goethia mas nunca evoquei mas pelo que tenho estudado um Daemon não vem assim sem os rituais que são feitos .Agora existe a goethia pratchwark se vc tiver o sigilo ou selo do daemon eu acredito que ele possa se manifestar porque na pratchwork que é tipo uma goethia mental vc só mentaliza o selo,mas também mentaliza os círculo de protecao e para cada Daemon vc imágina tipo uma cena tipo assim uma floresta com árvores caídas coisas desse tipo e ele se manifesta.
Agora tem uma diferença na goethia tradicional vc chama o espírito ate vc .
Na pratchwork vc vai até ele ,dizem que é a goethia do futuro pois com a mente treinada vc consegue tudo .Acho que vc atraiu um espírito zombeteiro

Então… talvez funcione. No entanto, cabe dizer que com relação à Goetia, não acho que seja um caso no qual possamos nos dar ao luxo de permitir que as coisas eventualmente deem errado. A contraparte física costuma ser bem importante nas operações; salvaguardas também.

Mas, partindo do pressuposto que a essa é uma operação que só deve ser levada a cabo após o Conhecimento & Conversação com o SAG, é simples; basta seguir o que diz o anjo.

Tá, não precisa me xingar… rsrsrsrsr
Tô sabendo que a galera se importa pouco. Mas a verdade é que se geral gastasse só 1% da energia que gasta tentando trocar uma ideia com “demônios” – sim, muitas aspas nesses chifrudos marotos – na intenção de contratar com Deus Pessoal, o mundo era outro.

Mas de volta à questão, talvez seja possível. Mas será recomendável?

Outra, também retórica: Por que motivos? O que poderia me dar de conhecimento um Daemon, que não me pode dar o SAG? A mim, particularmente, não me ocorre muito. Mas, cada um, cada um. A tigrada gosta de ver a merda pegar preço, né?! rsrsrs

1 curtida

Hoje tem muito curso de goethia e o pessoal não diz nada sobre antes ter conversado com o Sag e aí como se explica em thelema diz que tem que haver a conversação com o Sag e quem faz a goethia seguindo as clavículas de Salomão ?ou tem até outras luciferiana e tem o patchwork alguém poderia me explicar isso?

Acho que a questão não é a Goecia em si, mas ela enquanto fim e de maneira prematura. Penso que é meio que pular etapas. Adentrar ao inferno (seja lá como quiser que se o encare) sem um guia é, no mínimo, temerário. E com relação ao SAG, este deveria servir como o único guia confiável para esse tipo de procedimento. Não estou discutindo se é possível sucesso numa empreitada dessas sem o SAG – talvez seja, talvez não – estou apenas dizendo que para mim (e acho que não apenas para mim) existe uma ordem de importância dentro do mágico: primeiro o SAG, depois o resto.

Isso sem falar no fato que enfrentar nossos demônios pode ser traumático se não estivermos muito firmes em nós mesmos, e até provocar colaterais indesejados na realidade.

Mas francamente não condeno quem deseja empreender esse tipo de operação. Isso é assim mesmo, digo, feito para seduzir – como quase tudo dentro do “demoníaco”. E não é nada anormal que as pessoas se deixem seduzir por aquilo que é sedutor. Desejo de poder e ego andam juntos, sempre foi assim.

Entretanto, acho que cabe reincidir na pergunta: Por que? Para quê? O que pode um demônio ensinar de relevante que o SAG não possa?

Saudações a Todos! :raised_back_of_hand:

Alto Astral, quando algum símbolo (imagem, palavra, figura, etc) se faz presente para mim de forma recorrente na mente, em sonho ou me deparo com ele a partir de três circunstâncias externas, o que eu costumo fazer é dar corpo físico a este símbolo. Imprimo a imagem deste de forma a deixar este símbolo comunicar-se, assim evitando uma erupção deste elemento pelo inconsciente através de algum evento inesperado. Acredito que as dores, questões por resolver são como inflamações que vem a tona para que possamos resolvê-las. Não lidar com isso dentro da medida do possível (que já é muito) é deixar que o inconsciente “apadrinhe” este elemento e o faça por nós de forma desagradável. Se ainda sente o incômodo, escreva o nome, imprima a figura, observe e sinta. O que quer que seja, não é estranho a você. Certamente é algo com que você já convive mas apenas não tinha consciência. Enquanto existir o incômodo, observe a imagem um vez por dia até que sinta que ela perdeu o sentido. Depois se desfaça com respeito da figura. Talvez a figura não lhe diga ou encaixe em nada e não saiba nunca o porquê este nome veio a você. Será como um ato de expremer um furúnculo e se ver livre de uma impureza da alma que veio a tona e por ventura escolheu o nome “Astaroth” na sua psique.

Conccordo! Acho melhor primeiro se envolver e controlar energias positivas, que gerem ordem, para depois ser capaz de controlar energias de caos, de desordem.

Vemos Abremelin ensinando primeiro a se purificar e evocar o anjo guardião com sentimentos elevados , antes de manejar outras energias mundanas e materialistas, Cristo indo ao deserto para vencer suas tentações e depois manejando demônios. Budha enfrentanto depois de várias experiências seus demônios interiores até atingir a iluminação final.

Creio que o primeiro passo na magia é o auto controle, e não se jogar de cabeça no fogo pra depois aprender que ele queima e voltar mais sábio ou nunca mais voltar.

2 curtidas