Bom dia companheiros. Estou com o seguinte problema: iniciei as práticas do nível I do livro "O caminho para tornar-se um verdadeiro Adepto" de Franz Bardon (Instrução Magica do Espírito I). Mas tenho tido problemas em fazê-lo pois não tenho encontrado privacidade para isso. Moro em uma residência pequena com a minha noiva, e o único momento do dia que tenho tempo para praticar os exercícios é a noite, antes de dormir. No entanto como dividimos a cama não consigo manter uma asana por muito tempo, e não sei até que ponto isso pode ser prejudicial ao aprendizado. Como é algo pessoal, conforme o livro ensina, não comento com ela, mesmo q o quisesse ela não liga muito pra essas coisas. Se a mente for o ponto mais importante do aprendizado então nao teria muito problema de início, mas eu penso no porvir, caso eu evolua no aprendizado a ponto de sair do corpo não seria legal fazer isso, já que qualquer toque nele por ela poderia romper o elo de ligação e me matar fisicamente. Alguém tem alguma ideia para contornar isso? Possui experiência em magia hermética? Grato desde já.
Tá, algumas dicas de quem sempre viveu "amontoado" com pessoas nem sempre tão silenciosas e serenas quanto aparenta ser a sua noiva.
Bom, pra começo de conversa, eu diria que asana não se faz na cama. Não pode praticar numa cadeira? Num colchonete? No tapete, que seja? Outra coisa, caras mais old school diriam: "se sua noiva atrapalha sua evolução espiritual, livre-se dela" rsrsrsrsrs. Claro, não vamos tão longe, antes disso dá pra tentar praticar na sala.
Eu, particularmente, não gosto do Bardon. Não sei exatamente o que esse livro está lhe ensinando, mas eu não deixaria de mencionar para alguém que divide a casa, a cama e a vida comigo sobre algo tão importante quanto é o fato de decidir-se a trilhar um caminho dentro do mágico. Nada mais razoável do que chegar pra pessoa que você gosta e falar dos seus interesses e da sua necessidade de manter determinados exercícios diários, até porque eles se tornarão mais e mais complexos com o passar do tempo, e nem tudo é puramente mental, há coisas que necessariamente deve-se fazer fisicamente, como banimentos, por exemplo, o que me admira que ainda que ainda não esteja fazendo.
Com relação a esse negócio de "sair do corpo", eu não me preocuparia com isso, e muito menos com a possibilidade de que "qualquer toque" poderia lhe matar. Eu nunca conheci ninguém que tivesse morrido disso. Tem algumas lendas nesse meio ocultista que não servem pra porcaria nenhuma além de prejudicar e colocar medo em quem está iniciando.
Caro Tuozad,
Compartilho plenamente do pensamento de Aluvaia quanto a compartilhar com sua noiva. Digo por experiência própria. Desde o meu primeiro relacionamento eu já tinha as minhas práticas particulares e etc, e sempre deixei muito claro sobre isso, de modo que se me atrapalhasse ou me desviasse do meu caminho ou objetivo, apartaria da minha vida.
Até que me apaixonei e casei(hoje sou separado) e apesar da compartilhar de algumas crenças e não se opor significativamente as minhas práticas, isso as incomodava e pouco a pouco, isso, juntamente com outras coisas mais que não tínhamos em comum, acabou com o relacionamento.
Dito isso, seria realmente aconselhável ser sempre sincero e claro, porem discreto, com sua noiva, a respeito de suas crenças, conhecimentos e práticas. Afinal, não seria esse um dos “deveres” de um Thelemita conforme Liber Dever, por Crowley?