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Bom dia,
Recentemente terminei de ler o Raja-Yoga, de Swami Vivekananda. Sinto que foi uma leitura tão proveitosa que fui possuído por um desejo inquietante de ler todos os outros livros do autor a respeito de Yoga. Também é notável o quanto alguns dos seus pensamentos se assemelham aos de Crowley e Thelema. No entanto, não é exatamente sobre isso que eu gostaria de falar.
Eu possuo uma edição do Bhagavad-Gita transliterada, onde o tradutor optou por traduzir o termo “Atma” como “si-mesmo,” e esse é mais ou menos o significado mais provável da palavra, pelo menos dentro de todas as fontes que busquei. “Ishvara” por outro lado, é significado como “Deus Pessoal,” que difere sutilmente de “Atma.” Esses dois termos são bem mais recorrentes no Bhagavad-Gita do que o “Purusha,” por exemplo, por isso me sinto mais familiarizado com eles, e é sobre isso que gostaria de discorrer.
No caso do Raja-Yoga, Vivekananda utiliza com muito mais frequência o termo “Purusha” para se referir ao “Ser,” que seria nosso Eu Verdadeiro Imutável, que transcende até mesmo a natureza, posto que a natureza é mutável. Não tive acesso ao livro original em inglês, mas acredito que “Ser” provavelmente foi uma tradução de “Self.”
Acontece que eu achei os significados de Atma e Purusha um pouco conflitantes, por isso gostaria de saber se alguém tem mais informações para agregar dentro desses termos. Eles aparentemente significam coisas diferentes, mas são usados em contextos muito semelhantes. Muitos outros textos Hinduístas usam “Atma” para se referir ao “Eu Verdadeiro Imutável,” - Bhagavad-Gita, Yoga Sutras de Pantajali, etc - enquanto Vivekananda utiliza o “Purusha.”