Ritual do Pentagrama segundo Paulo Coelho

http://www.euclydeslacerda.org/rumoacidade.html

Foi descrito desta forma no livro O Mago: “Outra cerimônia que se repetia com freqüência era o chamado Ritual do Pentagrama Menor, mandinga que consistia em estender no chão um lençol branco sobre o qual se pintava em verde uma estrela de cinco pontas. O desenho era cercado por um fio de barbante embebido em enxofre, com o qual Paulo desenhava o símbolo de Marte. Apagadas as luzes, uma única lâmpada era pendurada no teto, bem no centro do pentagrama, de forma a simular uma coluna de luz. Com uma espada na mão, inteiramente nu e voltado para o Sul, ele pisava no centro do lençol, fazia o asana do dragão – posição na Ioga em que a pessoa se acocora no chão – e passava a dar saltos para cima, como um sapo, enquanto repetia em voz alta invocações ao demônio.”

Euclydes primeiro riu, mas assim que terminei a leitura do trecho, exasperou-se:

“Pelo amor de Deus... Eu não quero nem... Sinceramente, não dá nem pra comentar. Quem ensinou a fazer o Ritual do Pentagrama Menor ao Paulo Coelho fui eu. E eu não ensinei isso não!”

“Parece ritual medieval”, observou Keron-e, também incomodado.

“É! Agora, se ele fez, foi porque ele quis fazer. Ninguém mandou ele fazer isso não! Olha, desculpa, eu nem vou comentar. Estou achando isso aí tão ridículo, mas tão ridículo... não tem o que comentar!”, rugiu Euclydes. Encerramos a entrevista pouco depois.

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O pior não é a ridicularia em si meu caro, o pior é que o livro "O Mago" teve uma vendagem monstruosa. E se esse episódio, no mínimo equivocado (para ser brando), tivesse ficado guardado em um pretenso diário mágico, ou melhor ainda, no silêncio de quatro paredes esquecidas no tempo, ainda não seria nada.

Mas ocorre que o sr. Paulo Coelho além de membro da Academia Brasileira de Letras por conta de seu renome e sucesso de público, é tido pela grande massa como uma das maiores autoridades mundiais em termos de magia e esoterismo e é copiado em suas "façanhas" por muitos. Agora eu lhe pergunto: Você tem como achar ruim o olhar de escárnio da menina do caixa da livraria quando você chega para comprar um livro sobre magia... Não, não tem, e graças a esse tipo de coisa!

Não é de rir meu amigo... é de lamentar.

Ao menos o autor do livro, pelo que eu entendi, teve a descência de permitir um contra-ponto a Lacerda, no que eu duvido que as pessoas tenham prestado muita atenção.

É claro que o que todo mundo lembra no final do calhamasso gigantesco que é "O Mago" é que Paulo Coelho, na época em que se dizia thelemita, pulava pelado feito uma rã no interior de um pentagrama enquanto invocava o demônio.

Mas pensando bem na cena bizarra até que dá vontade de rir mesmo...

Concordo contigo em genero numero e grau. Se eu rio é para não chorar.

Esse texto aqui do Euclydes sobreo Coelho é muito bom..rs:

http://hadnu.org/em-defesa-de-aleister-crowley-os-magos-da-televisao

Não só a parte sobre Paulo Coelho. O texto é todo genial.

Retrata o pensamento e a opinião de um verdadeiro thelemita.

Nutro uma fomidável simpatia e admiração pela figura de Euclydes Lacerda.

Quando vi a notícia de que os livros dele foram censurados no Irã, eu cheguei até a achar que os iranianos soubessem identificar um "irmão negro" (apesar de Paulo Coelho não ser exatamente um, pois o irmão negro é quem não consegue aniquilar o ego ao cruzar o abismo e cai nele, enquanto Paulo nunca passou de probacionista), mas parece que desmentiram isso.

Nisto vejo dois problemas:

Prmeiro que os livros imagino que não tenham sido censurados por causa do autor e sim por causa do conteúdo, ou seja, supostamente sua ligação com "magia" e "ocultismo". O que é péssimo sendo que denota o pré-conceito de um povo dominado por uma cultura religiosa escravizadora.

Segundo que sou, obviamente que guardadas as devidas proporções, absolutamente contra qualquer forma de censura ( e isto é uma opinião pessoal), independentemente que ela tenha sido praticada contra Paulo Coelho ou quem quer que seja. "A palavra de pecado é restrição".

Eu também não simpatizo com Paulo Coelho, quero mais é que ele que chafurde na fortuna que fez às custas de um sedentos mercado de homens coitados e vazios. Mas quem quiser ler que leia.

Proibir e censurar nunca impediu ninguém de coisa alguma, muito pelo contrário. Cada um tem seu momento. A instrução é o caminho.

Amor é a lei. [:)]