Ei pessoal, vim aqui expor uma dúvida que me ocorreu.
Em uma questão que expus aqui no fórum, foi recomendado que eu começasse a estudar alguns meios de divinação, exemplo o Tarot.
Eu já tenho em posse um tarot de Marselha, foi o que pude comprar levando em consideração a situação monetária. Realmente gosto dele o baralho me atende bem, mas uma dúvida que me aflige nesse momento é sobre o livro do Crowley e o seu Tarot.
Vocês recomendam a compra do Tarot do Crowley para qualquer estudante dos seus textos e livros, a compra pode ser vista como algo opcional, ou é sim indicado ter mais de um baralho para estudo?
Alguém tem conhecimento sobre o tarot de Kier, sabem me falar se ele é legal para um estudante?
Olha, eu diria pra você fazer o melhor que puder com o que você tem, e quando puder, se quiser, adquira o Tarô de Crowley, que além de ser primoroso é alinhado com as mudanças que o próprio Crowley interpretou como necessárias segundo o Liber Al Vel Legis, se é que você concorda com essas mudanças.
Mas na real tarô é tarô. O que muda no tarô de Thoth são algumas poucas correspondências e o nome de algumas cartas, mas o tarô já existia muito antes dessas mudanças e funcionava muito bem, as cartas de todos os tarôs que eu conheço são praticamente as mesmas e todas são extremamente ricas em simbologia e significado. O Tarô de Kier, inclusive, aliás eu tive a oportunidade de vê-lo apenas uma vez e achei belíssimo, com desenhos egípcios e letras hebraicas, muito bacana.
Com relação a ter mais de um deck não vejo problema, mas também não vejo necessidade. Tem gente que é apaixonada e tem vários; há quem tenha um só e isso baste.
Cada um desenvolve as suas próprias práticas com o passar do tempo, mas particularmente acho desnecessário. As pessoas se acostumam a fazer uso deste ou daquele tarô, mas, ao menos enquanto simbolismo, tarô é tarô. A carta X ou Y irá simbolizar exatamente a mesma coisa, independentemente de que deck for. Usar mais de um tarô é como carregar vários martelos do mesmo tamanho para pregar pregos com a mesma bitola.
O camarada pode até usar um tarô específico para uma determinada circunstância, mas creio que seja mais uma questão de predileção pela ferramenta do que por qualquer tipo de suporte prático. É como eu “escrever melhor” com a minha caneta, ou vencer mais no jogo com o baralho aqui de casa.
Acho um pouco de apelo, digamos, cenográfico, esse recurso. Esse esquizotípicos gostam de alimentar essa aura de magia e de mistério em torno de si, fazendo parecer complexo aquilo que é simples. Mas normalmente a leitura fria é o que “clareia” as respostas, mais do que qualquer outra coisa.
A parte importante não é tanto o tarô, mas a preparação de quem irá manejá-lo, acredito que o tarô é melhor utilizado com uma preparação ritualistica, meditação, jejum ,banho, em um lugar limpo, precedido de orações profundas, preparar-se para um acesso ao inconciente que é onde até os parapscicólogos afirmam estar o conhecimento de fatos marcantes do futuro, além de usá-lo com parcimônia e estudar bem o seu simbolismo e técnicas.