Os estudos de Thelema invariavelmente referem-se a Magia Sexual? A Magia Sexual é imprescindível para o Thelemita?
Partindo-se do pressuposto que “thelemita” é todo aquele que, uma vez abraçando a Lei de Thelema, se anuncia como tal; então não. Você pode chamar a si mesmo de “thelemita” uma vez que vivencie a Lei segundo a compreende, e sequer praticar magia, se sua vontade for essa.
Entretanto, inegavelmente Crowley, que é o veículo primeiro e principal vetor de Thelema, foi um magista com técnicas e instruções permeadas pela magia sexual. Portanto, se você estuda dentro de uma ordem ou sistema de cunho thelêmico, muito provavelmente irá se deparar com a magia sexual em algum momento.
Alguns tem sérias restrições com ela. Quem advém de ramos mais tradicionais, principalmente. É natural. Infelizmente algumas pretensas autoridades do passado se encarregaram de fazer com que esses tipos de práticas fossem muito mal afamadas. Maniqueísmos caducos, que se perpetuam em termos deturpados e que fazem perdurar um conceito dicotômico de “ramos sexuados e assexuados” do mágico – de maneira objetificada e simplista – e que podem dar a ideia de que um seja preferível ao outro. Ou o que é pior: que um seja “bom” e o outro “mal”. Equívocos que ainda hoje os estudantes modernos deixam que se enraízem nos seus conceitos e preconceitos. Uma pena, na minha opinião.
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Ótimo, agradecido pelo comentário! Muito esclarecedor!
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A minha opinião é a mesma do Aluvaia, mas acho que é pertinente continuarmos esse tema. Sexo é algo muito bom, quando feito com uma mente madura e responsável claro, e é completamente natural ele ser deificado. Por exemplo, a Deusa em Thelema é, canonicamente, Nuit que é a Deusa Nut do Antigo Egito. Essa Deusa tem, entre seus atributos, o céu noturno. Os criadores de sua imagem a conceberam como uma bela mulher nua “arqueada para o amor”. Se você cultua uma Deusa dessas então você se identifica com a deificação do amor e da beleza que somente uma mulher podem dar. A forma mais “terrestre” de Nuit é Babalon, que é representada por imagens eróticas e quentes, ela “monta” a Besta, Ela “cavalga” a Besta etc. Então é vital para nós que façamos sexo, ele recarrega nossas baterias, nos aproxima do Divino. Um dos Nomes que podemos dar para Deus é PAN, o fauno divino erótico e viril, o poder fálico que gerou todas as coisas fertilizando o Ovo Cósmico. Isso tudo também pode ser uma metáfora, eu sou o Ovo no qual a Serpente - o S.A.G - se enrosca para me fertilizar, para nos unirmos. Também, a Alma Inferior é normalmente representada como uma donzela, a princesa que é elevada ao trono da rainha em Binah.
A falta de sexo é um grande problema. Mesmo em uma sociedade moderna que se diz aberta a falta de sexo é patente. O vício em punheta e pornografia é um exemplo, quantos “sistemas” de magia não têm surgido na internet nos últimos anos cujo objetivo é apenas formar sigilos batendo uma punha? Ou então grupos que são montados apenas para tentar comer as meninas e os meninos? Uma orgia sem Dionísio é apenas uma putaria que qualquer pessoa pode fazer. Por isso, busquemos sempre fazer o sexo primeiro e depois disso comecemos a pensar em fazer magia com ele. Ninguém começa uma maratona sem antes treinar correr uns 10 quilômetros por dia afinal de contas.
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Bom… conhecer Thelema, na verdade, é conhecer algo grandioso e pacífico.
Muito consideram que Thelema é pura matéria. Puro pecado. Puro sexo. Nem sempre é assim. Thelema acredita no espírito e no todo. Tudo é todo.
O sexo é umas das parte de Thelema mas não essencialmente isso.
Nunca defendi sexo com “mulheres da vida”. Bom… Eu sou mulher. Mas é bom relembrar que Thelema não é (exclusivamente) Satanismo. Há quem pense dessa forma. 
Crowley praticava sexo mágico com a sua esposa e, mais tarde, com um homem. Ele era bissexual. Não sei se Crowley tinha uma amante em quanto estava casado com a primeira mulher mas á quem pense que sim. Eu não posso afirmar o que não sei ao certo.
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Crowley tinha uma visão amplamente aberta da vida mas era um homem pacífico. Daí um Thememista também deve praticar budismo e yoga. Eu pratico!
O que mais lamento em Crowley foi o seu fim: caiu na miséria. Começou bem e acabou mal. Mas não o deixo de admirar e ver como um Mestre excepcional.
Com o tempo, verá que o sexo faz parte de Thelema. Mas, lembra-se: a vida de “heremita” também é importante. Guardar os nossos instintos para o momento certo, é valoroso. 
Thelema é isso!
Sexo é evolução e Thelema é isso mesmo: evolução. 
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