Thelema e Gnosticismo, realmente inimigos?

Descobrir a Thelema através do Conhecimento da Divindade (Micro - Vida)
Realizar a Grande obra através da Redenção/Sacralização da Realidade (Macro - Amor)
O Cosmos/Existência Surge da Unidade/Pleroma como Vida e Amor.

Não é Deus que vai te salvar. Você quem vai redimir o Demiurgo.
A existência não é vazia ou maligna, pois ela é a união da forma e da essência. Nela há Luz, embora tenha uma parte dela que não conhece isso. A Grande Obra é Gnose/Conhecimento. Não existe maldade, pois isso é apenas a ilusão da separação entre sujeito e objeto, pois no cerne, quando o sujeito aparentemente maligno obtém o conhecimento de sua luz, ele é abraçado pelo Amor da Unidade. Mas há uma consideração: o outro (objeto/sujeito) não transmite a gnose pro sujeito, o conhecimento de ser Deus está intimamente dentro sujeito. A Grande Obra por parte da Thelema sobre Amor de cada Estrela é harmonizar as condições para que toda Estrela tenha o conhecimento da Unidade. A realidade se faz através do corpo do Demiurgo/Besta, porém Babalon DOMINA a Besta, porém a Besta devido a sua ignorância, mesmo com Luz dentro de si, não conhece a força de Babalon em si.

A cidade das pirâmides é a realidade que conhece a unidade. Babalon é a força da Verdade, que desvela a ilusão da existência e essência serem contraditórias, trazendo a tona o conhecimento da existência enquanto a união da essência e da forma que Criam o Cosmos (Forma), a sombra da Unidade (Essência). Não que essa sombra seja somente forma, isso é impossível, visto que a Essência é a Unidade, tudo que seja outra coisa a não ser unidade, mesmo sua sombra, é uma ilusão, pois também é a Unidade.

Demiurgo/Besta/Jeová por ignorância, devido ser o Sujeito, mas sem Objeto, O Deus cego; se reconhece como essência e a existência como só forma, mas si próprio também é forma, caso contrario não conseguiria construir a realidade, não conseguiria colocar o Caos (essência pura) dentro da Forma (pluralidade da essência; não limite da essência - Expansão ≠ Divisão). A realidade surge da existência, não a existência da realidade. Isto é, a realidade do Demiurgo é o efeito da existência, o desconhecimento da Unidade só ocorre porque o Demiurgo não tem a capacidade de reter em si todo a informação viva que é a Unidade. O Pleroma é inalcançável por causa que toda realidade, toda estrela, não abarca em totalidade a Unidade.
A Unidade está em todos, mas não estamos nela. Demiurgo acredita ser a Unidade, porque no principio não percebeu a pluralidade. Babalon, surge junto de Demiurgo, mas percebe o Demiurgo e tem o conhecimento da Unidade, não a ilusão de ser a Unidade. Babalon, domina a Besta, pois sua realidade não tem divisão, mas a harmonia dentro da existência. Para Demiurgo não há harmonia, mas dualidade, bem ou mal, devido ao desconhecimento da Unidade, na verdade, para ele o mal é sua criação e é aqui que ele cria o seu Opositor; para Babalon, há harmonia, pois a complexidade e transformação do cosmos está seguindo o Logos da Unidade. O opositor é abençoado pelo Amor de Babalon, ou seja, Sofia deu as condições para que Lúcifer reconhecesse a Unidade, assim ele transcende a realidade do Demiurgo que é a dualidade. Cristo, Krishna, Buda, Maomé etc., são Lúcifer em outros Ciclos. Entretanto, cada Estrela tem sua própria profecia, a Religião é uma armadilha do Demiurgo, i.e., Dogma, embora toda armadilha contenha a Gnose de Babalon.

Amor são as condições próprias para o conhecimento da Unidade.
Vontade é o conhecimento que a Estrela tem da Unidade.
Da Unidade/Pleroma surge a Existência - união da essência e forma (não só forma).
Da Existência surge Deus como Macro e Humano como Micro, porém essência do Cosmos é o Micro, e a forma o Macro; não o contrário.
O desconhecimento disso é a ilusão da dualidade, que é construída pelo Demiurgo (A primeira Estrela, mas Cega) para perpetuar sua Realidade como “Deus”. Concebendo a existência como ausência de essência.
Toda estrela aprisionada na ilusão do Demiurgo (maia e prisão de ferro negro) está submissa a Vontade do Demiurgo e suas ações, sem amor, são restrição/pecado (Aversão e Imposição).
Porém, o Amor de Babalon (A segunda Estrela, que é Sábia) possibilita que toda Estrela desvele sua verdade, alcance sua Vontade e realize com Amor, sua Grande Obra (Encontro e Integração).
A Grande Obra é a ação da Estrela que recebeu o Amor e conheceu a Vontade: a redenção da realidade, a transformação da dualidade para Unidade. É a Estrela por meio de sua Vontade, a redenção da condição que as outras Estrelas se encontram, que possibilita o Conhecimento da Unidade - o desvelar e criação da Realidade Pura.
Não é Deus quem salva o homem, mas o próprio Humano que redime a realidade por meio do Amor sob Vontade advindo do conhecimento da Unidade que está em seu intimo.
A Estrela só pode Conhecer a Unidade através de si mesma, porque a unidade não está fora, pois ela é desvelada de dentro para fora.
Já a dualidade é transmitida através de informação (Dogma), pois é de fora (imposição do Demiurgo) para dentro.
O que pode ser feito a respeito da Unidade, é o Amor.
Desvele a Ilusão | Crie a Realidade - Redenção das condições para que toda estrela esteja possibilitada a Conhecer a Unidade.
Essência e forma - Toda Criação na verdade é a complementariedade e transformação, pois tudo é absoluto devido a ter a Unidade em si. Ou seja, Criação é união de opostos donde surge o amor, as condições para o conhecimento da Unidade. É a transformação da dualidade em Unidade.
Por isso não é sobre forçar, Demiurgo. Mas sobre Delicadeza, Babalon.
Há fim? Não! Pois o consorte de Babalon e o Chaos, e sim, tudo é possível, mesmo que todos conheçam a Unidade, todos estão livre para construírem suas próprias Realidades, se tornarem Deus; mas não mais cegos, mas sábios da Unidade.
A qualidade de Perfeição da Unidade é somente aparente, o conceito de perfeição é Humano e somente afasta da real compreensão da Unidade. Ora para ser perfeito, em algum momento foi imperfeito e a Unidade transcende a ação.
Sempre há o que ser feito, a sombra da Unidade é o Cosmos, que é puramente plural e absoluto - Infinito e Eterno.
Não imperfeito, pois as possibilidades são infinitas e sempre há ação. Para que fosse imperfeito a existência estaria limitada de modo quantitativo. Mas não está limitada numericamente, pois aquilo que é imperfeito aqui, acolá é perfeito. Visto que a verdade está na Totalidade e a Totalidade está em movimento e não pode ser contada, dentro das perspectivas existe universos.
A Imperfeição faz parte da ilusão de que tudo está permanentemente estático, pois estando as coisas “paradas” podem ser comparadas; diferentemente de complementadas/unidas. Toda comparação é divisão, é ilusão. No movimento tudo pode ser o que quiser, seja como objeto ou sujeito. Seja como Macro ou Micro. A própria Realidade da Unidade, pode ser Dualidade. Seja Verso ou Universo.
A Perfeição tem em sua essência a Continuação e como forma a Excelência.