Prezados,
Eu percebo dois lados de Thelema:
- Thelema como nome da busca de descobrir e realizar nosso verdadeiro propósito;
- Thelema como uma religião, com uma série de práticas e um profeta.
No primeiro caso, temos um comando direto de que deveríamos descobrir e fazer nossa verdadeira vontade, que não seria algum de nossos desejos inferiores, mas sim o nosso propósito, que envolve descobrir a nossa verdadeira natureza e agir de acordo com ela, etc.
No segundo caso, o escopo expande, e temos:
- Um profeta escolhido ou preparado para receber o Livro da Lei;
- Uma entidade incorpórea que transmite a mensagem;
- Um panteão, às vezes considerado como entidades reais, às vezes como metáforas;
- Uma forma de cumprimento onde todas as conversas e correspondências deveriam se iniciar e encerrar divulgando a Lei;
- Algumas práticas que deveriam ser realizadas voltando-se para uma casa onde o profeta viveu por alguns anos;
- Determinados períodos de tempo regidos por uma fórmula universal, que mudariam com o advindo de um novo profeta;
- Uma série de comunicações com entidades de outro plano;
- Dias de festas relacionados à revelação e ao profeta;
- etc.
Do meu ponto de vista, Crowley em (1) descobriu a importância da auto-realização e imaginou um mundo ideal onde todos fariam aquilo que realmente fosse de sua natureza, criando uma sociedade mais livre, feliz e funcional; e em (2) buscou se tornar um líder religioso, reformando a religião antiga de forma que criasse um ambiente propício para (1).
O que vocês pensam sobre isso? Percebem uma distinção? Em qual dos “dois caminhos” vocês se encaixariam?
Para vocês Liber Legis é um texto que foi canalizado, escrito de forma inspirada ou foi simplesmente fabricado?
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