Abismo de Daath

Sim, vc tá certo, talvez o trabalho ajude mais, onde também encontramos amor, pois tudo é o mesmo amor. Pergunto então o que eu estou fazendo de tão feio assim? Falando em amor? Não estou dizendo que sinto só amor, sinto também todo o resto. Mas a referencia amorosa foi feita sobre o ajuntamento como Unidade, e também como cada pedacinho ou momento e isto é difícil de se compreender, pois o que dizer de um momento de raiva, seria amor? A raiva como parte da Vida a nós é terrível, mas como composição é importante. Mas então o amor é feio também, e o que resta então para nós como unidade ultimal? Disse misturar tudo, sim pois eu sempre procurei entender e só consegui melhor após misturar e também ver os contrários e o mais se consegue vivenciando realmente do jeito que for, chupando sorvete ou rachando lenha, tudo é conscientização. Crowley, Crowley, retire tudo que dissestes sobre o amor, sobre o encantamento, sobre a mágica sublime da Vida, pois isto é bobo, é abobrinha, é futilidade, é piegas, é abominável e etc. Eu falo sobre vivermos a Vida com todos os seus momentos, e também sentirmos o que for, e experimentarmos e crescermos e lutarmos e nos alegrarmos e tudo ser conscientização. Talvez seja o fato de imaginarem que vivo sonhando e achando que é fácil, basta ler os livros e falar: Amor, amor... Não é nada disto, sei das agruras, das tentativas, dos supostos erros e tombos, falo também daquilo que não dá certo, de sofrimento, tristeza e muito chorar. Mas também vejo a função disto tudo e tudo se me afigura então o complemento, o amor que então é tirado e refeito disto tudo. Mas ,acho que de qualquer jeito dirão estar errado. Mas continuarei falando sobre amor e também sofrimento, pois são junção e portando a maior realidade.

A idéia de amor soa como devaneio sem suas bases.

Vc tá certo, o amor sem base desmorona sempre,pois de que adianta se não existe base real para tal. Mas eu disse que não só falava do amor a esmo. Sei das agruras e sofrimentos, sei do feio e etc. Quando falo em amor como totalidade não estou falando que o sinto, falo sobre o futuro de todos nós, depois de muito caminhar, pois a mim a Vida é esplêndida e nada pode ficar de fora. Quando digo que a Vida é esplêndida, falo como visão que se encanta com tanta perfeição, mas Eu Chânia sou como qualquer um e mais sofro do consigo ser um pouco feliz. Aos poucos vou conseguindo perceber a maravilha dos movimentos e a perfeição de tudo, até dos momentos tristes porque sei o quanto são necessários, mas eu não gosto de sofrer e se pudesse em um passe de mágica transformaria o mundo e faria todos felizes. Tenho medo e também sou comum.Então digo sobre perfeição como visão e sei que ainda muito tenho que caminhar para entender mais. Vou procurando e também vou encontrando entendimento, mas na hora do vamo vê tudo é difícil. Por isto sei que nós estamos construindo a base para o amor como tudo. E neste tudo nada pode ficar de fora porque isto é Unidade Ultimal, tudo se torna Um e Um é Um. O amor então como expressão de tudo é maravilha e isto então desfaz a imagem do abismo e traz a imagem de perfeição unitária, mas o que passamos não se desfaz, só se transforma em maravilha, esta é a visão que tenho da passagem do abismo, visão teórica, ainda não vivenciada ao todo, porque simplesmente todos nós já estamos passando por ele.

Chânia, tambem concordo com vc!

Acredito que todos nós somos essencialmente felizes.

Creio que o que nos impede de sermos plenamente felizs é o que os outros fazem acreditar que precisamos.

A maioria das pessoas sempre condiciona a felicidade a alg externo a si mesmo ou a um acontecimento fora do presente.

Como diria uma das "Quatro Nobres Verdades" do Budismo, a dor vem do apego.

Mas lembre-se:

"Amor é Lei, amor **SOB VONTADE**"

Lorkshen, sim, mas também acerca disto posso dizer muitas coisas e vc acabar discordando comigo, mas lembre-se sempre, não estou discordando, só que do jeito que coloco parece estar discordando. A Vida é cheia de ângulos, e citando Crowley (mas cito de outro jeito, talvez mais simples) um homem caminha e vai ao meio, se ele só olhar para frente verá de um jeito,mas se olhar também para o lado direito, ele verá mais e se depois olhar para o esquerdo verá mais um pouco, isto é então a variedade de ângulos que lhe dão cada vez mais visão. Então quanto mais olharmos de outros jeitos mais veremos. Por isto disse que meu jeito é estranho, mas aos poucos posso dizer de forma menos confusa. Se disse misturar é porque assim acho mais ângulos de uma mesma questão, então tal questão se torna mais esclarecedora. Iniciei de forma difícil, mas então disse algo e todos discordaram e estavam certos, pois como disse vcs falam de sistemas humanos onde depois de muitos estudos as pessoas talvez consigam muito mais magia e entendimento, e é assim mesmo, mas eu falei de forma estranha pois eu disse sobre a Vida, sobre sermos todos filhos de Deus e sermos todos propensos a muito mais. Também o meu jeito de colocar sempre de forma sentimental é devido a sensações de beleza e maravilha que me chegam, onde não há como não colocar também isto. Crowley cita o amor sempre, e também tudo o que é necessário para fazermos a obra aos poucos e sempre, e isto é o mesmo que eu falo. Se misturo os sentidos é porque o faço há muito tempo e só depois vi isto nos escritos de Crowley: É preciso ter sempre em mente a bivalência de todo símbolo. Insistir em uma ou outra das atribuições contraditória inerentes a um símbolo é simplesmente uma marca de incapacidade espiritual e isto acontece ininterruptamente devido ao preconceito. Constitui o mais simples teste de iniciação que todo símbolo seja compreendido instintivamente como contendo esse significado contraditório em si mesmo. Marque bem esta passagem do livro A visão e a voz: É mostrado a mim que este coração é o coração que se regozija, e a serpente é a serpente de Daath, pois aqui todos os símbolos são intercambiáveis entre si, pois cada um contém em si mesmo o seu oposto... O livro de Toth

Marque bem esta passagem do livro A visão e a voz: É mostrado a mim que este coração é o coração que se regozija, e a serpente é a serpente de Daath, pois aqui todos os símbolos são intercambiáveis entre si, pois cada um contém em si mesmo o seu oposto... O livro de Toth

Vc poderia postar uma referencia mais precisa a cerca disto?

Fonte: http://www.astrumargentum.org

O abismo

"Ninguém se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim tornando a escuridão consciente."

C.G.Jung

Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei

"Desta data (19 /11/ 1905) até a primeira semana de Fevereiro, eu encontrava-me insano. A ordália atual, é descrita com intensa simplicidade e paixão em AHA!. Eu a chamo de Ordália do Véu, o Véu do Abismo. A completa destruição da razão, deixou-me sem qualquer outro meio de compreensão, a não ser Neschamah.

Eu já havia explicado ligeiramente o significado de Neschamah, Ruach e Nephesch. Devo agora, penetrar mais profundamente nas doutrinas da Cabala.

A consciência humana é representada como o centro de um hexágono, cujos vértices são pontos de várias faculdades mentais, porém, o ponto mais alto, que devería ligar a consciência humana com o divino, está perdido. Seu nome é Daäth, Conhecimento. A lenda babilônica da 'queda' é uma parábola para a saída do homem do Paraíso, pela destruição de seu Daäth e o estabelecimento desse Abismo. Regeneração, redenção, expiação e termos similares, significam algo como a união do humano com uma consciência divina. Chegando ao mais alto ponto possível da consecução humana por meios normais, se encontra a beira do Abismo e, para atravessa-lo, deve abandonar completamente, tudo aquilo que tem e que é (em termos subjetivos, significa a entrega total a Deus). Resumindo, o ato implica, primeiramente, em todo o silenciamento do intelecto humano, para então, ouvir a voz de Neschamah.

Nós devemos agora, considerar mais profundamente o significado de Neschamah.

Ela é a faculdade humana correspondente a idéia de Binah, Compreensão, que é esse aspecto consciente divino correspondente ao Conceito Feminino. Isso recebe, formula e transmite a pura consciência divina, que é representada pela triângulo (Trindade) cujo ápice a essência do verdadeiro Eu ( corresponde a Brahma, Atman, Allah etc. - não Jeová, que é o Demiurgo) e seu outro ângulo é Chiah, o aspecto Masculino do Eu, que cria (Chia, corresponde a Chokmah, Sabedoria, a Palavra) Essa divina consciência é tripla. Na essência é o absoluto contendo todas as coisas em si mesma, sem diferenciação entre as mesmas. Ela compreende-se pela auto manifestação através da aceitação de si como macho e fêmea, ativo e passivo, positivo e negativo, etc.

Os conceitos de separação, de imperfeição, de sofrimento existem devido a ilusão criada por elas mesmas para fins didáticos de auto explicação. O método é o mesmo que o pintor usa com as cores, jogando uma contra a outra, para representar alguma idéia particular de si mesmo que o agrada. Ele sabe que cada cor, em si mesma imperfeita, é uma representação parcial do conceito geral de luz.

A "Obtenção da Unidade" seria, teoricamente, uma mistura de todas as tintas, resultando numa superfície sem cor, forma ou significado ainda que alguns filósofos insistem em simbolizar Deus pela Unidade reduzindo-o à nulidade.

(...) Um exemplo pertinete a esse período, ilustrará a singularidade do mundo revelado pelo desenvolvimento de Neschamah: a consciência humana é distinguível da divina, pelo fato de ser caracterizada pela dualidade. A consciência divina, diferencia um pêssego de uma pêra, mas esta ciente, de que a diferença é feita para sua própria conveniência. O ser humano aceita a diferença como sendo real, não sabendo como o objeto realemente é. Está confinado a falta de sensação de que sua consciência foi modificada por sua tendência a perceber suas sensações características, sendo referências de sua existência. Deve ser um "expert" em Pratyahara para compreeder intuitivamente o idealismo de Berkeleyian.

Em outras palavras, a condição da consciência humana é o sentido de separação sendo imperfeição, sendo sofrimento."

The Confessions of Aleister Crowley, pag: 510

No Liber Os Abysmi Vel Daath pode ser encontrado relações sobre Daath: http://www.astrumargentum.org/arquivos/ht/libri/libri_474.htm

Em A Cabala Mistica pode ser encontrado significados e podendo fazer um estudo pararelo com 777 ambos os Libri descrito si encontram neste sitio do Hadnu.

Lorkshen, eu citei um trecho do livro de Crowley: O livro de Thot. Só que quando leio não anoto onde li e realmente copiei o pedaço do texto, a página não, mas lá está. Mas então primeiro preciso saber se é isto que vc está perguntando ou se quer que eu faça um comentário meu sobre a serpente de Daath. Mas devo antes novamente te dizer que eu Chânia só digito o que me vem à mente. Entendo um pouco do que escrevo e diria entender muito mais, porém sei que os assuntos vão além do nosso entendimento. Sei que não consegue perceber o que estou falando e então direi novamente: eu estou dizendo que me vem à mente assim e assim é o que escrevo, pois se não fosse isto eu Chânia não saberia organizar os textos, mas entendo bem tudo isto.

Guthiere, sim vc está certo, e sempre concordo, pois assim é a vida cheia de ângulos. Realmente tudo isto está corretíssimo, o homem não tem condições de saber ao todo o que é dualidade e nem Unidade Ultimal, só aqueles que estão em nosso futuro o sabem, mas quanto à totalidade ou Unidade é algo tão total que me pergunto qual ser o sabe. Deveras em comparação conosco muitos seres ou nossos irmão estão muito além de nós, mas também estamos caminhando e nossas experiências acrescem cada vez mais nossa mente e então algo vai acontecendo aos poucos conosco, onde tudo ou qualquer pormenor é experiência a estruturar nossa mente. Quando falo em Unidade e a sensação de beleza que disto me vem falo segundo meus dados, mas isto não é tudo,pois cada ser tem também algo que flui de seu interior como um pouquinho a mais e isto é o que faz cada um almejar sempre mais. Isto é o que impulsiona cada homem a sempre buscar mais, é algo que o chama como um íma, e não há como fugir disto. Se todos nós estivéssemos satisfeitos nada se movimentaria, sempre há uma nova busca, um querer a mais e isso é a dinâmica da Vida. Portanto dizer prematuramente que ninguém tem condições de entender um pouquinho a mais constitui a nossa cegueira, pois se não ninguém poderia colocar nada além do que outro. Os comentários feitos em todos os trechos do tratado de Crowley são magníficos, mas são também ângulos que se complementam com outros trechos e tudo pode ser dito de outro jeito. Quanto a imagem do abismo é toda cheia de contradição ou o que disse acima: os símbolos são complementos em si mesmos e possuem dois sentidos, um é sim, outro é não, ou como se pudessem trocar de lugar. Quanto a forma de colocar ela também é ambígua e diz hora isto, hora aquilo. Mas tudo deve ser tão devagar pois tentar demonstrar de uma só vez é também prematuro, por isto tudo é dito de dois jeitos. Não há como dizer é só assim, isto é a referência ao trecho do livro de Toth, onde diz-se das contradições dos símbolos. Mas eu Chânia não disse que estou acima do abismo por misturar tudo, não é isso, sou como qualquer pessoa. Só comecei a entender de forma ambígua ou de dois jeitos e então tudo faz mais sentido, pois se seguimos só um ele bate contra o outro e um fica sem explicação. Nossa consciência de homens nos dá uma falsa impressão das coisas porque vemos só um pouquinho, pouquinho que então se acresce com novos dados à medida que caminhamos, e todos caminham. A Vida é como um sonho para nós, mas é totalmente real também. Se vc pisar num espinho dói e se disserem que não doeu vc diz que sim e pronto, vc sentiu, o outro não. Mas se ele tiver pisado num espinho ele sabe a dor e diz, sim isso dói. Mas também esta dor pode ser dita ilusória, pois aquele que não sentiu diz que vc está iludido, e vc diz que é real. São dois ângulos da mesma questão, por isto diz-se que existe dualidade abaixo do abismo e acima só Unidade. Quando se ultrapassa só um jeito de se ver, tudo se torna Unidade. Mas isto é aos poucos, pois vc sente amor e também ódio, então sente de dois jeitos diferentes. Mas no futuro conseguirás unificar os dois, mas continuarás entendendo o que é amor e o que é ódio, justamente por tê-los experimentado separados. O fator da Unidade da forma simbólica e total só os nossos irmãos do futuro sabem, nós vamos seguindo aos poucos. Mas então diga-me o que vc acha por si mesmo de tal abismo, em suas palavras? Então sei o quanto é difícil entender o que falo, e será do mesmo jeito, pois minhas palavras fazem sentido a mim e não aos outros.

Cara Chânia

Não sei se você consegui absorver o que está no coração do texto postado pelo Guthiere e que mantém relação com este tópico. É bom prestar atenção, isso é bem importante.

Ele nos dis que cruzar o abismo equivale à conquista de Daät, ou seja o restabelecimento do conhecimento, ou regeneração do Daät do homem, a faculdade que é capaz de levá-lo além da razão e da individualidade. Além de si mesmo.

Daät é um estado que foi perdido e que condiciona a travessia do homem em direção às Supernais. E o que era "ponte" virou "abismo". Por isso falhar nesse ordálio é perder-se irremediávelmente.

Confusão, dispersão e loucura... eis o destino dos tolos.

Somente quando a verborragia cessar, quando se calar o cérebro e ruir todo o vestígio de raciocínio, a loucura santa nos fará mergulhar no útero da mãe negra (Binah) de onde viemos e onde não existe pensamento e pensador, evento e expectador, experiência e experimentador, então Um será Tudo e Tudo será Um... Não antes.

E enquanto isso não acontece é interessante pensar que estamos amparados pela lei. E o amor (alegria, vigor, beleza, prazer, liberdade) é a lei. Mas amor sob vontade (rigor, disciplina, perseverança, força, severidade). Entende?

Vivamos a vida plenamente, mas não inutilmente. Não nos privemos de nada, mas não nos deixemos escravizar por nada, nem por sentimento, nem por sensação, nem por apego. Todas as coisas do mundo são efêmeras. E no final é quase tudo só uma mentira bem contada. [;)]

De verdadeiro só o que está além das aparências.

Aluvaia, foi isso que também escrevi, disse que todos nós caminhamos assimilando experiências que são importantíssimas na Vida, e que são estas que se apresentam em forma de partes ou ângulos que depois juntos formam cada vez mais nossa maior experiência rumo à conscientização da Unidade. Enquanto caminhamos, por não termos esta visão total somos como enganados ou iludidos por prestarmos atenção nas partes separadas, pois não conseguimos ver em conjunto. Então não sabemos que o pisar num espinho dói até pisarmos em um. Sim, também sabemos sem pisar, mas isto já é a experiência adquiridas em outras ocasiões ou vidas passadas. Tudo então é somar de visões, ângulos e partes, eis a ilusão, a dualidade, as controvérsias do abismo, abismo tão feio a uns por ainda verem tão separadamente, onde quase tudo causa sofrimento. Depois tudo que passamos no abismo se torna belo, pois assim já conseguimos entender de forma una. Mas isto só nosso futuro verá, mas à medida que caminhamos, experimentamos e nos tornamos cada vez mais conscientes.

Resolvi ressuscitar esse tópico, visto ter encontrado diversos assuntos no fórum análogos e que sucitaram-me questões.

Acredito que a existência é anterior ao ser (ou poderíamos dizer o ego?) ou ainda o resultado das "misturas" do que existe.

Assim, quanto ao "negro" eu acredito ser a cor necessária do ser para a metamorfose, ou, analogamente, a matéria para o "ouro".

A antiga referência magista aos membros dispersos de Osíris, trazendo esse conceito para o nosso plano microcósmico, poderia ser análoga a existência com suas diversas matizes de cores que deverão ser novamente unidas pelo amor de Ísis pode ser aplicada?

Seria isso atravessar o abismo?

Seria o abismo, de acordo com o que li, a "identificação" com o "anjo guardião"?

Seria o "anjo guardião" a sua verdadeira vontade?

Uma Inafortunada ordália é necessária para desencadear a travessia?

Estou começando a familiarizar-me recentemente com a simbologia de CrowLey. Logo, desculpem-me a possível ingenuidade. Mas a arte é realmente fascinante.

Bom, vamos por partes...

Concordo absolutamente que a existência seja anterior e completamente independente do ego. E penso que continue depois dele também. Aliás, essa é uma das metas da experiência do Abismo, a superação do ego.

Com relação a isso acredito que algumas coisas possam ser esclarecidas para você.

Primeiramente, a identificação com o Santo Anjo Guardião (o chamado Conhecimento e Conversação) se dá na esfera de Tiphereth. Não sei se você está habituada a esse tipo de terminologia cabalística, mas caso não esteja deve familiarizar-se.

Tiphereth é a esfera central da Árvore da Vida. É o máximo que o homem pode ascender para chegar ao seu Anjo, e é o máximo que o Anjo pode descer para buscá-lo. É um ponto crítico e a primeira grande realização mágicka. Esta deve ser a grande meta de qualquer magista e sua busca fundamental. Inclusive é dito que qualquer ato mágicko que não seja na intenção deste intercurso maravilhoso deve ser encarado como magia negra.

A Verdadeira Vontade é algo como o seu "Dharma pessoal". O contato com o anjo lhe revelará sua Verdadeira Vontade, mas ela pode ser descoberta antes disso.

A Travessia do Abismo é um segundo processo, na verdade ainda mais crítico. É quando o Anjo se retira e você perde tudo o que conquistou (abre mão, na verdade), lançando-se num processo de "santa loucura" no qual, segundo o juramento, você se compromete a compreender cada mínimo fenômeno como uma comunicação direta da Divindade, ou do Universo, com você mesmo. É acima de tudo um processo de perda de identidade onde deve-se morrer para renascer do outro lado como uma criança do abismo.

O ego deve ser despedaçado, e dele nada restar. Se uma só partícula sobrar ela crescerá em proporções monstruosas e colocará tudo a perder. E nesse jogo só se perde uma vez...

Aproveitando o tópico, deixa eu perguntar uma coisa...

Em outro tópico li algo, meio de passagem, a respeito de "atravessar o Abismo por Ruach". Do que se trata isso exatamente?

No comentário de Motta do verso 61 do capitulo IV do Liber LXV vc pode saber mais a respeito!