Bem...
Ultimamente quando tento mostrar alguns dos meus ponto de vista peculiares sempre acabo caindo nesse assunto.
O ego, sua exacerbação ou sua atrofia.
Esses dias eu estava lendo "O Eu e o Inconsciente" de Jung e se ele fosse vivo o processaria por plagio! [:D] (impossível já que nunca escrevi nem patenteei nada!)
Mesmo nunca tendo cursado psicologia e nunca tendo lido nada a respeito, sempre me senti atraído pelos processos desencadeados pela mente e por teorias psicológicas.
Mas minha falta de interesse talvez se deva ao fato de eu me interessar por uma área específica da psicologia muito pouco popular "o desfazer dos vínculos com a realidade", mas esse não é o foco desse tópico mesmo Jung tambem tocando nesse assunto.
Criei esse tópico por notar uma aparente deficiencia da compreensão do que seja o ego, sua real importancia e os meios de identifica-lo e assimila-lo.
Ao fazer isso corro o sério risco de misturar psicologia, filosofia e espiritualidade. Coisa que pelo menos do ponto de vista da psicologia é algo que DEFINITIVAMENTE não deve ser feito.
Bem...
Para muito o Ego significa nossa personalidade.
Se nos desfazer-mos dela, o que sobra?
A palavra personalidade vem do termo "persona" que significa máscara.
E persona significa nosso papel perante a sociedade que nosso "verdadeiro-eu" se apropria e toma como ele mesmo.
Mas além do Ego creio que exista o Self.
Mas o que é o Self?
Eu confesso que ainda não conheço a melhor resposta para essa perguna.
Mas vejo o Self como a "faculdade da consciencia" ou como talvez o "ponto" de vista análogo a Kether. Mas ainda sim creio que a faculdade da consciencia estaria mais associado a Chokmah e a apreensão da realidade a Binah. Ou talvez eu esteja completamente enganado em tudo que disse.
Mas voltando ao Ego, segundo Jung, ao entender os processos que regem nossa personalidade é natural uma inflação ou atrofiamento do Ego.
Ele infla-se ao identificar-mos como portadores do conhecimento dos "processos inconscientes coletivos" e atrofia-se ao indentificar-mos com detentores de todas as limitações humanas.
As duas refletem características divinas.
Uma como um deus onipotente e onisciente e a outra como um redentor crucificado.
Mas as duas refletem seus opostos.
O sabe tudo precisa suprir sua insegurança com seus argumentos e o humilde guarda seu orgulho de ser "iluminado".
Mas quem se aproxima dos deuses se afasta dos homens.
Quase como uma vingança divina do mesmo tipo da que foi a punição de Prometeu.
O fogo divino que ele roubou e deu aos homens (a compreensão) o prendeu em um penhasco (inadequação ao mundo dos homens) e o condenou a imortalidade (status divino), fazendo ser eternamente torturado ( complexos internos e pressões externas).
Segundo Jung ha poucas alternativas para solucionar esse problema.