Relação Instrutor x Pupilo
A relação entre um membro da Fraternidade e seu Instrutor não é a mesma de um aluno e professor, ou discípulo e mestre.
"Os membros da A∴A∴ são autodidatas, seu superior somente interfere em assuntos importantes, e não fará a transmissão do conhecimento básico que o aspirante precisa ter. Além disso, o Instrutor deve interferir o mínimo possível nas escolhas de seu Pupilo, fazendo comentários somente quando for necessário."
Crowley afirma em seus comentários de Liber 165:
É presunço que um Neófito estabeleça regras; pois (a) ele possivelmente não consegue saber o que o seu Probacionista precisa, não tendo nenhum registro para guiá-lo; (b) a tarefa do Probacionista é explorar a sua própria natureza, e não seguir qualquer curso prescrito. Uma terceira objeção é que ao colocar o Probacionista em "Espartilhos", uma pessoa inteiramente débil pode esquivar-se através de seu ano, e se tornar um Neófito, para a vergonha da Ordem. Mas essa objeção é teórica; pois a Iniciação é inspecionada pela Terceira Ordem, onde nenhum Erro pode persistir.
Comentários adicionais no editorial de The Equinox Vol. I Nº 5:
Exigiram por Autoridade que eu dissesse algumas palavras sobre as relações que devem subsistir entre o Neófito e seus Probacionistas. Apesar de que um Neófito é obrigado a mostrar "zelo em serviço" aos seus probacionistas, não é parte do seu dever estar continuamente tatuando o mesmo lugar. Ele tem seu próprio trabalho a fazer - trabalho muito sério e importante - e não pode se esperar que ele gaste todo o seu tempo vestindo uma macaca de seda, pois ela continua sendo uma macaca. Não esperamos que ele dite tarefas definitivas, e ele nem tem autoridade para fazê-lo. O Probacionista é propositalmente deixado sozinho, já que o objetivo da probação principalmente é que eles em testemunha possam descobrir a natureza da matéria prima. É dever do Probacionista realizar os exercícios recomendados em seus livros, e submeter o registro de seus resultados à crítica. Se ele se encontrar em uma dificuldade, ou se qualquer resultado inesperado ocorrer, ele deverá se comunicar com seu Neófito, e ele deve lembrar-se de que apesar de que seja permitido escolher as práticas que achar interessante, espera-se que ele mostre considerável familiaridade com todos eles. Mais do que familiaridade, deveria ter experiência; de outra forma, o que ele fará quando, como um Neófito, for consultado pelos seus probacionistas? É importante que ele deva estar armado em todos os pontos, e estou autorizado a dizer que ninguém será admitido como um Neófito a menos que seu ano de trabalho de evidências de consideráveis consecuções nas práticas fundamentais, Asana, Pranayama, assunção de Formas-Divinas, vibração de nomes divinos, rituais de banimento e invocação, e as práticas definidas nas seções 5 e 6 de Liber O. Apesar de que ele não seja examinado em nada disso, a experiência básica é necessária de modo que possa auxiliar inteligentemente aqueles que estarão sob ele.
Mas que ninguém imagine que eles em autoridade irão incitar os probacionistas a trabalhar pesado. Quem for incapaz de trabalhar duro, de fato, pode ser empurrado, mas assim que a pressão for removida, eles irão retroceder, e não é o propósito da A.·.A.·. fazer nada senão tornar seus estudantes independentes e livres. Instrução completa foi posta ao alcance de todo mundo; que eles se assegurem de fazer uso completo desta instrução.