"Incorporações na Umbanda"

Os irmãos saberiam me indicar algum livro sobre umbanda onde explique à respeito das incorporações de entidades na umbanda. Encontro vários artigos. Mas queria uma forma de manual indicando como incorporar.

Bem...

Eu não sou tão regionalista e confesso não ter lido o livro.

Mas vc pode ler Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda (WW da Mata e Silva)

http://www.4shared.com/document/6i7wXrOB/Segredos_da_Magia_de_Umbanda_e.htm

Mais dois livros do mesmo autor:

Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda

http://www.4shared.com/document/NPzozjMv/Mistrios_e_Prticas_na_Lei_de_U.html

Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto Velho

http://www.4shared.com/document/mew8IOXh/Lies_de_Umbanda_e_Quimbanda_na.html

Caro Pedro

Não quero criticar ou defender o que quer que seja, no entanto sou um tanto cético no que diz respeito sobre as chamadas "incorporações".

Eu sei que a sua pergunta não é essa, e talvéz isto seja uma informação que você realmente julgue totalmente dispensável e até vá de encontro às suas crenças pessoais, se assim for por favor desconsidere-a.

Percebo que pode parecer pretencioso da minha parte me intrometer, e espero sinceramente que não me interprete mal, mas estudei Candomblé (e não Umbanda) alguns anos atrás e na minha opinião o que se passa com o iniciado durante o processo daquilo que costuma-se chamar de "bolar" ou "virar no santo" é uma coisa mais interna do que externa.

Quando se afirma que uma pessoa é "deste" ou "daquele" Orixá, está se sugerindo que a sua natureza tem traços característicos semelhantes a determinados arquétipos ou deidades identificadas com forças da natureza, e portanto mediante uma técnica específica (que confesso desconhecer) ela adquire a capacidade de harmonizar ou sintonizar o que está dentro com o que está fora, ou seja, ela quase que literalmente "vira no Orixá", um deus único e exclusivo totalmente diferenciado de qualquer outro e que é apenas seu (mais ou menos como o S.A.G.).

Portanto na minha opinião este processo está mais para uma alteração da consciência do que para uma possessão propriamente dita.

E só ressaltando como já fiz aqui em algum lugar por motivos não tão legais, eu não sou candomblecista. Mas simpatizo mais com o Candomblé do que com a Umbada por uma questão de o primeiro não aceitar (praticamente) sincretismo religioso com o cristianismo, e a Umbanda ser totalmente povoada deste sincretismo.

Quanto à técnicas para se "bolar no santo", até onde eu sei, qualquer pessoa que seja "diagnosticada" por um Babalaô como sendo "rodante" é capaz desta proeza desde que devidamente iniciada.

Se alguma informção disso tudo for aproveitável, ótimo. Caso contrário desconsidere como eu disse antes. A intenção não é me meter na sua vida, espero que você entenda. [;)]

E muito boa sorte na sua busca, seja ela qual for.

De maneira alguma ignorei tua resposta. Concordo plenamente com o que disse. Também acho que as chamadas incorporações são alterações na conciência. O que eu quero é saber como induzir a conciência a este estado.

Não sei como é feito na Umbanda, mas que eu saiba no Candomblé só se alcansa plenamente esse tipo de consecussão passando pelo que costuma-se chamar de "obrigação de santo", que é uma espécie de iniciação na qual a alteração consciencial é induzida por meios que como já lhe disse eu infelizmente desconheço.

Mas me parece que pessoas mais sensíveis são capazes desse tipo de sintonização com o arquétipo sem passar pela "obrigação", mas que eu saiba é raro e não é plenamente desenvolvido o processo de transe, pelo menos normalmente não tanto quanto seria em condições iniciáticas.

A propósito, esse é um transe absolutamente passivo, do qual normalmente não costumam sobrar lembranças na mente consciente.

Gosto de pensar que a chamada incorporação do Candomblé se assemelhe de certa forma à assunção da forma deus. Aliás acredito que o fato da relativa passividade e inconsciência durante esse processo seja um dos fatores que mais diferenciem essas duas práticas.

Também me ocorreu agora que a assunção de forma deus pode inclusive ser feita com as divindades africanas tão eficazmente quanto com qualquer outro panteão deífico, pois que ela conta com uma cosmogonia bastante curiosa e uma variedade de deuses e associações riquíssimas.

E além do que esses deuses no final das contas acabam por "existir" de fato seja como egrégoras, seja como elementais artificiais, e possivelmente estejam tão ou mais vitalizados astralmente do que Osíris, Odin, Vênus, Tahuti ou Cthulhu, sendo que contam com um número bastante grande de fiéis que costumam ser bem fervorosos.

Um deus, seja qual for, é sempre uma grande e peciosa reserva de um tipo de concentração de poder e conhecimento. É sábio usar-se disso em proveito próprio se sabe-se como fazê-lo. [;)]

É sábio usar-se disso em proveito próprio se sabe-se como fazê-lo.

Caos Magick Forever!

Prezado Aluvaia,

93

Gosto de pensar que a chamada incorporação do Candomblé se assemelhe de certa forma à assunção da forma deus. Aliás acredito que o fato da relativa passividade e inconsciência durante esse processo seja um dos fatores que mais diferenciem essas duas práticas.

Tambem tenho essa visão, e concordo tbm em alguns pontos com relação a religião afro-brasileira "Candomblé".

Fui feito no Santo a 7 anos faltando somente a obrigação de sete anos para tornar-me babalao, mas me decepcionei muito com a religião, pois tbm achava que seria possuido, ou seja que um espirito elementar realmente viria no meu corpo e que perderia a consciência nesta hora.

Não passa de um estado de consciência como diz!


Pedro

Assim como em qualquer ordem, religião, seita o que for, vc deve começar pelo estudo dos classicos a melhor maneira para entender sobre incorporação seria os métodos ensinados pelos kardecistas, e os livros indicados por eles, como "O evangelio segundo o espiritismo", O livro dos Médiuns etc.

Uma boa prática de dharana fara vc ter a concentração necessária para fazer essa assunção do Deus em questão controle a mente, a pensar um unico pensamento por vez, depois permaneça como se diz no candomblé "Ajoquo" de joelhos com os olhos fechados imaginando toda a natureza do espirito em questão mata, aguas etc. e imagine o corpo desse deus juntando se ao seu.

Uma boa explicação para isso pode ser encontrado em Liber O disponivel no hadnu!

Att,

Guthiere.'.

Pois é Guthiere, veja você que coisa curiosa. Você diz que se decepcionou com a religião pois achava que seria possuiído por um espírito elementar e tal, o que não aconteceu... Pois comigo ocorreu justamente o contrário, eu tinha sérias restrições com o Candomblé enquanto pensava que haveria uma possessão, e no momento em que eu soube que o processo se dava diferentemente as restrições caíram por terra.

Que pena que você se decepcionou. O Camdomblé é uma religião que quando vivenciada adequadamente e com sinceridade, é cheia de beleza e uma formidável porta para o auto-descobrimento.

Mas ao mesmo tempo acredito que as coisas são como devem ser e possivelmente este seu descontentamento tenha contribuído para que você descobrisse um caminho mais adequado às suas necessidades. No final das contas o quanto você se entrega à jornada acaba sendo mais importante do que o caminho em si ou do que como você chegou a ele. [;)]

Eu cheguei a viver muito próximo à "gente de santo", mas não cumpri obrigação. E apesar de realmente ter uma predileção meio infantil pelo meu Orixá de cabeça (Exú) eu não gosto da idéia de me sentir restrito ao que quer que seja. No entanto acredito que o Candomblé seja um dos muitos fragmentos da minha concepção religiosa hoje, e dissecá-lo á luz dos meus parcos conhecimentos referentes a magick e a lei de thelema é o mais próximo que consigo chegar da compreensão da mecânica por trás da mitologia e da ritualística.

O que prá um cara como eu já é uma grande coisa. [:lol:]

93!!

Sei que não é o assunto principal do tópico, mas já que foi citado:

Recomendo a leitura de "ATAQUE E DEFESA ASTRAL" De Marcello Mota!

Sobretudo : "Os Habitantes Inumanos do Astral"

93, 93/93!

P.s.: Sim, estou de volta!

Bom, li apenas o primeiro livro postado pelo Lorkshen. Achei ele completo, e quero ler os demais, porém há algo de contraditório. O autor ataca com unhas e dentes o ocultismo ocidental e o nosso método de Qaballah, referindo-se a ele como um plágio imperfeito e falso de uma suposta Qaballah original, chamada de "Kabala Nórdica ou Ariana". No que concerne ao restante, ele descreve alguns fenômenos das "incorporações", mas creio que o restante está nas outras obras do mesmo autor. [:D]

Boa Tarde Senhores,

este é um assunto que eu tenho um pouco mais de segurança para comentar...

eu comecei estudando muito o thelema, li muitos livros de Aleister Crowley, cheguei a até ter contato com a A.A para começar os estudos, porém nessa época conheci a umbanda... e comecei a frequentar...

eu Recomendaria os livros do Rubens Saraceni, porém nenhum fala exatamente sobre como funciona as incorporações... bom como eu trabalho em um centro de umbanda posso comentar algumas experiências...

Sobre incorporações, antigamente diziam que o Medium ou (cavalo como é chamado os mediuns que incorporam) tinha uma alteração no seu estado de consciência, onde eles não se lembravam de nada e eram chamados de Mediuns Inconscientes, isto ocorria devido a ignorância (no bom sentido da palavra) dos Mediuns que não conseguiam acreditar que era a energia da entidade e não era ele, por isso isso antigamente era mais comum Mediuns inconscientes, pq era uma maneira da entidade conseguir trabalhar tranqüilamente sem a interferência do Medium

Atualmente a Incorporação funciona desta maneira... as entidades se conectam conosco através de nosso chacara coronário, dizem que é mais ou menos como no filme avatar onde eles se conectam com os animais e passam a dividir pensamentos, ela funciona desta maneira (foi o que aprendi), ou seja nada se mexe sozinho, braços pernas e etc... (em raros casos dizem que mexe sim, porem eu nunca passei por isso) o que ocorre é uma vontade que vem na sua cabeça... como se desse vontade de vc fazer algo que vc jamais faria como dançar,, movimentar os braços,,, palavras que até ai vc desconheciam surgem na sua cabeça e por ai vai... então eu acredito e aprendi que a incorporação é uma conexão com a entidade onde vcs trocam pensamentos e só... não é nada de possessão... dela dominar a mente ou coisa do tipo.

Bom espero espero ter ajudado um pouco...

Mais uma coisa...

a Umbanda diferente do Kardecismo uso mais a magia.. o kardecismo usa muito o magnetismo., por isso quem for praticar magia na umbanda vai ver muitas relações com muitos metodos que eu ja li em livros de Magia recomendado pela A.A... ou seja muda somente as palavras e os Deuses... porém no fim é a mesma coisa e a mesma força...

Exemplo um irmão falou que nao gosta de umbanda por ter um sincretismo com o Cristianismo e utilizar de santos católicos... porem na minha opinião isto é somente pelo fato de ter uma "aceitação melhor" diminuir o impacto, pois os Orixas da umbanda são comparados a Deuses egípcios, Hindus, romanos, gregos... e por ai vai.. caso alguem tenha interesse eu posso fornecer esta informação o que cada Orixá representa em outras "crenças" pois no final é a mesma coisa na minha opinião.

Enfim não quis justificar a dúvida e a opinião de ninguem, só mostrar o meu ponto de vista e o meu pouco conhecimento sobre o assunto.. espero que tenha alguma utilidade para alguem.

Abraços...

Fui eu quem ressaltou o fato do sincretismo...

Só deixando claro que é um problema mais com a minha própria repulsa com relação ao cristianismo e minha preferência pelo Candomblé por provir de uma vertente, digamos "pura" (no sentido de não misturada), do que uma crítica à Umbanda.

Como devo ter mencionado não tenho sequer um conhecimento profundo o suficiente desta religião para criticá-la ou fazêr-lhe apologia. Me resta respeitá-la como sendo um movimento religioso sincrético genuinamente brasileiro (talvéz não o único, mas possivelmente o primeiro) e torcer para que se apóie em sólidas bases e se abra às influências do novo Aeon ao invéz de se estagnar como o cristianismo faz até então.

Reitero meu respeito à essa cultura religiosa e aos seus praticantes sinceros.

Até porque além de Däath não existem diferenciações. Mas enquanto estivermos por aqui, que prestemos mais atenção às semelhanças do que às diferenças. [;)]

Bom dia a todos...

Só para ressaltar eu não quis criticar ou justificar a opinião de ninguém referente a umbanda ou qualquer outra religião... só expressei meu ponto de vista e passei um pouco do meu pouco conhecimento sobre o assunto, porque o que eu aprendi na verdade é fazendo o bem e tudo mais..seguindo o caminho certo não importa para qual santo agente reze ou faça nossos rituais que sempre estará certo... até uma coisa que me falam muito lá o que seu coração fizer é o certo e pronto rsrsrs na verdade tudo é bem simples.. agente que complica...

e eu concordo com o irmão referente ao candomblé e jamais quis justificar sobre a umbanda... mesmo pq cada faz e segue o que lhe faz bem e quem sou eu para julgar ou criticar alguma coisa rsrsrs

era só para não ficar com mau entendido referente a sua opinião e a minha.

Bom. Não acho que as "incorporações" se dêem por entidades externas. Afinal, como dizia Crowley a respeito de goétia, os Demônios goéticos são partes de nossas mentes. Mas como não estamos falando de goétia, devo traçãr uma analogia com a umbanda. Levo em conta o princípio hermético do mentalismo, ou seja, universo é mente. E como disse Franz Bardon, tudo aquilo que existe no universo maior, se reflete no homem eum uma natureza menor. Pra mim essas divindades seriam aspectos superiores ou inferiores de nossas conciências, e que durante um ritual umbandista, são exaltadas a ponto de passarem a nos dominar. De forma alguma acredito que essas divindades sejam forças externas, pois "NÃO EXISTE DEUS SENÃO O PRÓPRIO HOMEM".

Um ponto interessante que vejo na umbanda são os chamados "Pontos Riscados". Sem dúvida existe uma relação, mesmo que pequena deste sistema com Goétia. É interessante que os umbandistas também se concentram em imagens gráficas(os pontos riscados) para despertar as energias correspondentes em suas conciências.

Me fazem alusão também, de certa forma, à magia de sigilação do Caoísmo.

É mesmo, e podemos perceber que em quase todos(senão todos) os sistemas de magia de evocação, são usados estes sigilos. Mas acho isso imprescindível. Devemos ter bases para apoiar a vontade(pelomenos os iniciantes). Aos avançados isso segundo Franz Bardon não é necessário, pode-se estabelecer um acordo com a entidade a ser evocada e assim fazê-lo sem a ajuda dos paramentos mágickos.

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Evocação: Franz Bardon não é necessário, pode-se estabelecer um acordo com a entidade a ser evocada e assim fazê-lo sem a ajuda dos paramentos mágickos.

Caracas, nunca vi essa frase, e se existe desde já digo que Frans Bardon esta errado.

Digo pelos Classicos sobre magick e Crowley em seu Liber ABA. Sem os parametros: Circulo, talismã, armas, perfumes, pedras, incensos, etc. acho que não leram A Cabala Mistica nem O Liber 777, e acordo com "espiritos" não existe acordo, pois sois Deuses, e deve regelos sobre sua baqueta.

Att,

G.'.