Ola Ethar. Ola Pessoal.
Obrigado pelo retorno Ethar; esse é um assunto
que eu tenho bastante interesse.
O que me motivou atribuir dessa forma (Nuit em
Netzach e Hadit em Hod) foi a atribuição dada
aos pontos cardeias Sul e Norte no Rubi Estrela e
aparente relação também no ritual menor do pentagrama
se você se colocar na interseção dos Caminhos de Samekh
e Phe.
Entendo que parece estranho (e é), mas esta visão
da árvore seria um pouco diferente, semelhante a de
Achad.
O que estou fazendo é o seguinte:
1) Ain, Ain soph e Ain soph aur não estão sendo
considerados algo que da origem a árvore mas sim
contidos na própria árvore.
2) Malckut é considerada uma representação do
estado de Tudo/Nada. Tenho nela os 4 elementos
ao mesmo tempo se anulando, fazendo com que
nenhum deles realmente "existam". Eu tenho nela
Tudo e ao mesmo tempo Nada.
Então ficaria algo assim:
Ain = Malckut = Pã
Ain Soph = Netzach = Nuit
Ain Soph Aur = Hod = Hadit
Lembrando que o valor da gematria de Ain e Ani é o mesmo
de Pãn.
A união de Hadit e Nuit alegoricamente geraria um filho
Heru-ra-ha que estaria em Yesod (Seth, Daemon, Desejo).
O Desejo (ou Daemon) em Yesod precisa romper o Véu de Paroketh
para "existir de verdade". Estes dois momentos (manifestado e
ainda não-manifestado ou Ser e Não-ser) são destacado pelos nomes
de Ra-Hoor-Khuit e Hoor-paar-kraat. Em Yesod estaria
o Hoor-paar-kraat (o não-é) e em Tifereh o Ra-Hoor-Khuit (O que é).
Para o Kraat (em Yesod) vir a se manifestar ele teria que tirar a posição da
força que existe agora em Khuit em tifereth. Eu acredito que ai
entra as alegorias de crucificação, da morte e esquartejamento de
Osíris por Seth, e alegorias entre a Constelação de Órion e Escorpião.
O sol simbólico (tifereth) morrendo, se ponto no Oeste pode simbolizar
esse momento.
Quando Khuit rompe o véu de peroketh e se manifesta na forma de
Hoor-paar-kraat em Tifereth, eu teria um "novo sol". Seria o momento
representado pelo nascimento do sol e pela alegoria da ressuscitação
de cristo e triunfo de Hórus sobre Seth, juntamente com a re-união das
partes de Osíris e sua ressuscitação.
Acho que o que é importante é que eu tenho dissoluções de algo, algo
é fragmentado, algo é destruído, algo é dissolvido e depois reunido, re-construído,
"coagulado".
Keter para mim representa o ponto imóvel diante dessas sucessíveis
mudanças, seria a imutável natureza do Ser.
Só complementando:
Não vejo cada sefiroth como grau na escala do particular ao específico.
Não vejo as sefiroths tendo necessariamente uma relação de efeito de uma
"emanação" da anterior.
Em relação aos graus de escala do particular ao específico que alguns
chamam de (Vitarka, Vicara, Ananda, Asmita) eu atribuo a Tifereth de
cada mundo cabalístico. A minha percepção do que é PArticular, Universal,
Diferenciado e Indiferenciado pode mudar ao longo do meu desenvolvimento;
O que quero dizer é que a força que existe em tifereth em Assia hoje
não é a mesma força que existirá amanha ou daqui a algumas horas, estamos
em constante mudança de nossos centros de consciência pelos influxos que vem
de Yesod para além do véu de peroketh. Só uma realidade é "imultável" que a
de keter de Atziluth.
Por-favor eu peço suas colocações sobre essa alternativa. O que vocês acham?